Dodge diz não ver ‘injúria’ em Bolsonaro falar em “fuzilar a petralhada”
Chefe do Ministério Público Federal disse ainda que “não há referência a pessoas” na declaração jocosa e violenta de Jair Bolsonaro em um evento público
Em manifestação ao STF, a procuradora-geral da República Raquel Dodge fez pouco caso das ameaças de Jair – o candidato da extrema direita – de forma generalizada aos militantes e apoiadores do PT.
Imagens mostram Bolsonarxo ameaçando “fuzilar a petralhada”, enquanto ergue um tripé de vídeo imitando uma metralhadora. Essas declarações foram feitas durante um comício do candidato no Acre.
“Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem mortadela galera, vão ter que comer é capim mesmo”, diz o deputado.
A chefe do Ministério Público Federal não viu injúria nessa declaração. E disse ainda que “não há referência a pessoas” na expressão jocosa que ele usa para tratar do partido. No entendimento da procuradora, responsabilizar Bolsonaro nesse caso “configura elastecimento da responsabilidade penal por analogia ou por extensão, o que é absolutamente incompatível com o direito penal”.
Na segunda-feira (3), a coligação “O povo feliz de novo” (PT/PCdoB/Pros) entrou com uma representação criminal, junto ao STF por ameaça, além de notícia-crime por injúria eleitoral e incitação ao crime.
Bolsonarxo foi convidado a dar explicações, se quiser, à Justiça. O caso será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Da Redação Agência PT de Notícias