Cemitérios em SP enterram 30 por dia com suspeitas de coronavírus
Um movimento incomum está acontecendo nos cemitérios da capital Paulista, estão sendo enterrados por dia, cerca de 30 pessoas com suspeitas do novo coronavírus. A maioria dos mortos não estaria aparecendo na contabilidade do Ministério da Saúde, como óbitos causados pela doença, por causa da demora Instituto Adolfo Lutz em disponibilizar os resultados dos testes de comprovação.
Um movimento incomum nos cemitérios da Grande São Paulo, todos os dias cerca de 30 pessoas são enterradas na capital paulista com suspeitas do coronavírus. Como não há comprovação por teste laboratorial,a maioria dos mortos não entra na contabilização do Ministério da Saúde.
Outra capital que está preocupada com o coronavírus é Belo Horizonte em Minas Gerais. A cidade está apreensiva com a multiplicação de doentes em BH com a suspeita do COVID-19.
Quase todos os mortos que chegam em São Paulo, com suspeitas de coronavírus vem do SUS. Nos atestados de óbito assinados por médicos, afirmam que aguardam os resultados de exames para comprovação da causa da morte e apenas apontam como suspeita de COVID-19.
SP, 30 enterros por dia de pessoas com suspeita de coronavírus.
Foto de Yan Boechat/Folhapress pic.twitter.com/PyHOcttjtz
— CA.HE. BRAGA (@cahebraga) April 1, 2020
De acordo com a médica sanitarista Ana Freitas Ribeiro, coordenadora do Serviço de Epidemiologia do Instituto Emílio Ribas, “sem a confirmação do instituto não podemos colocar a causa da morte como sendo a infecção pelo coronavírus, o caso fica em aberto, não tem jeito”, diz. O relato foi publicado no jornal Folha de S.Paulo.
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A secretária de Saúde do Estado de São Paulo e o serviço funerário municipal de São Paulo, não forneceu o número de mortos que foram enterrados com suspeitas de coronavírus.
“A minha impressão é a de que as mortes que estão ocorrendo no sistema público de saúde ainda não estão entrando na contabilidade oficial por causa da sobrecarga do Adolpho Lutz, que está demorando em alguns casos até 20 dias para entregar os resultados”, diz Sérgio Cimerman ,coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia e ex-presidente da Associação Panamericana de Infectologia.
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Segundo o jornal Folha de São Paulo, há cerca de 14 mil teste aguardando o resultado para confirmação ou não do COVID-19. E recebe diariamente cerca de 1200 novas amostras para serem testadas.