”Bolsonaro tem prazer na morte e destruição” mostra coluna na Folha
07/11/2021
O colunista e professor de História da Arte, Jorge Coli, vai direto ao ponto sobre Bolsonaro e o descreve de maneira direta ao ponto e precisa. Ele descreve a sociopatia de Jair Bolsonaro, de maneira ímpar e direta.
Com precisão rara, na coluna Ilustríssima da Folha, a sociopatia de Jair Bolsonaro foi destrinchada com riqueza argumentativa e de elementos, pelo professor de História da Arte, Jorge Colli.
O professor percebe que Bolsonaro, além da sua compulsão por poder e se proteger de crimes cometidos, tem um motivador a mais: a pulsão do ódio, que o move, sua incapacidade de agregar, unir e sim de separar, dividir e destruir. Mas além disso, ainda bem temos alguém não tão genial, como alguns líderes fascistas do passado, que levaram á Europa rumo a uma guerra de milhões de mortos.
Ainda bem, os tempos mudaram e a conjuntura internacional também não permite determinadas movimentações ditatoriais como outrora, em um país continental e estratégico como o Brasil.
Abaixo reproduzimos o artigo, que vai direto ao ponto:
Bolsonaro tem prazer com morte e destruição (trecho)
Jorge Coli, na Folha
A grande realização bolsonarista é a arma de fogo. Há um evidente orgulho e volúpia nessa afirmação da realidade armada. Prazer com aquilo que mata e destrói. A natureza de Bolsonaro é feita de fúrias assoladoras, que goza com a terra arrasada. Literalmente: veja-se a destruição da Amazônia.
Bolsonaro foi eleito por uma pulsão destruidora: o ódio. Energizou seus abomináveis instintos com as piores vibrações coletivas. Foge da racionalidade, da reflexão serena. Tem a mesma natureza, embora numa escala maior, das multidões atingidas pela febre do linchamento.
Para além dos interesses próprios ao agronegócio, ele vibra com o processo de extermínio das florestas e das populações indígenas. A guerra deve trazer vertigens lascivas assim: disfarça o prazer do combate, a fúria da destruição, em heroísmo e glória.
A morte de 600 mil brasileiros por Covid-19 seriam baixas de uma guerra. Essa visão não passa de um álibi, como perdas inevitáveis, o que permite a Bolsonaro excluir toda a culpa. E continuar com seus: Abaixo as máscaras! Aglomerem-se! Viva a cloroquina! E morram, cada vez mais.
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Bolsonaro nega a ciência e tem ódio ao conhecimento. O mal se compraz nas suas certezas. Saber mais significa duvidar, interrogar, coisas nada agradáveis, antes de afirmar. Retirar cerca de 90% das verbas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, acabar com a ciência no Brasil, ao contrário, que intensa volúpia!
O mal é mesquinho e, mesmo, muito mesquinho. Bolsonaro não tem escrúpulos diante da catástrofe humanitária de grandes proporções ou diante do sofrimento individual. Adora as indignidades, maiores ou menores, como negar a distribuição de absorvente feminino a quem não tem recursos.
“Eu sou o espírito que sempre nega.” Assim se apresenta Mefistófeles, o demônio, a encarnação do mal absoluto, no “Fausto”, de Goethe. Execra o sim, o positivo, o que constrói.
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