Flávio Bolsonaro mobilizou Receita para anular investigações das ”rachadinhas”
22/02/2022
O Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, teria mobilizado a Receita Federal para anular as investigações contra ele e Fabrício Queiroz, no escândalo das chamadas rachadinhas, que nada mais são do que corrupção pelo seu gabinete.
De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tentou paralisar investigações contra ele, usando a Receita Federal para tal, mobilizando funcionários da Receita Federal com tal intuito.
O senador afirmou que suas movimentações bancárias foram acessadas através de uma “senha secreta” e repassadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As acusações foram consideradas improcedente, mas, pela primeira vez, há uma evidência concreta de mobilização de Flávio e sua equipe jurídica para pressionar a máquina pública federal para colocar fim às investigações.
O filho mais velho do presidente enviou, no dia 25 de agosto de 2020, petição que solicita apuração urgente para identificar “nome, CPF, qualificação e unidade de exercício/lotação” dos auditores da receita que tiveram acesso aos seus dados fiscais pessoais, de sua mulher Fernanda e de suas empresas.
“A crise que vem se instalando no País, como consequência dos fatos ora apresentados, tende a crescer, atingindo como alvo não apenas o autor e seus familiares, mas incontáveis cidadãos”, escreve na justificativa, em referência ao cargo de seu pai, Jair Bolsonaro.
O pedido foi recebido pelo gabinete do secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, onde aguardou análise durante dois meses. Depois disso, foram necessários dois auditores-fiscais e três analistas tributários para averiguar a denúncia de Flávio, o que durou 180 dias. A perícia do órgão concluir que as acusações seriam descartadas por falta de evidências.
“Não foram verificados indícios mínimos de materialidade de possíveis infrações disciplinares que ensejariam a continuidade ou o aprofundamento do feito”, diz um trecho da conclusão.
Com informações do Congresso em Foco.
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