VÍDEOS :Conflito Rússia/Ucrânia expôs preconceito e racismo de jornalistas
03/03/2022
Um apanhado de vídeos e imagens que mostraram e escancaram o racismo e preconceito de muitos jornalistas de veículos de mídia ocidentais, na cobertura da guerra da Ucrânia, muitos deles afirmando que ”não é como no Oriente Médio, é uma cidade relativamente civilizada”, que provocou revolta pelas redes sociais.
As redes sociais explodiram e expuseram o racismo e preconceito de muitos jornalistas internacionais, na cobertura do conflito. De acordo com a coluna de Maurício Stycer, no UOL, as falas que expõe racismo e preconceito ganharam destaque exponencial nas redes sociais.
Comentários como do jornalista da CBS, Charlie D’Agata, comentando sobre KIEV, viralizou, ao afirmar que era uma capital européia, não um lugar como Iraque, Afeganistão.
“Este não é um lugar, com todo o respeito, como o Iraque ou o Afeganistão, que têm visto conflitos violentos há décadas. Esta é uma cidade relativamente civilizada, relativamente europeia, tenho que escolher as palavras cuidadosamente, uma cidade onde você não esperaria isso”.
ASSISTA:
“This isn’t Iraq or #Afghanistan. #Kiev is a relatively civilized city where you wouldn’t expect this to happen.”
— Nasri Akil أبو أية (@Nasri_Akil) February 27, 2022
This overt white supremacy is on #CBS. ABSOLUTELY DISGUSTING in soo many levels.
Take a listen👇 pic.twitter.com/hDLe10cdy1
No dia posterior, o jornalista pediu desculpas por sua declaração, que ganharam intensa viralização nas redes sociais.
Philippe Corbe, na BFM TV, o canal de notícias a cabo mais assistido da França, fez um comentário semelhante: “Não estamos falando aqui de sírios fugindo do bombardeio do regime sírio apoiado por Putin, estamos falando de europeus saindo em carros parecidos com os nossos para salvar suas vidas”.
ASSISTA:
@PhilippeCorbe sur BFM « On parle pas de syrien qui fuient la guerre, on parle d’européens qui fuient, qui nous ressemblent, qui fuient dans des voitures pareilles que nous » #ukraine #UkraineRussie pic.twitter.com/Wi03v22KUZ
— hams salmi (@el74180865) February 24, 2022
Outro que também fez comentário racista, foi um jornalista da Al Jazeera, que é do Catar.
Peter Dobbie da Al Jazeera, descreveu da seguinte forma os refugiados de guerra ucranianos: “O que chama atenção, só de olhar para eles, é o jeito que eles estão vestidos. São pessoas prósperas de classe média, não são obviamente refugiados tentando fugir de áreas do Oriente Médio que ainda estão em grande estado de guerra. Não são pessoas tentando fugir de áreas do norte da África. Eles se parecem com qualquer família europeia com a qual você moraria ao lado.”
A Al Jazeera logo pediu desculpas, dizendo que o apresentador “fez comparações injustas entre ucranianos fugindo da guerra e refugiados da região do Oriente Médio”. E pontuou: “Os comentários do apresentador foram insensíveis e irresponsáveis. Pedimos desculpas ao nosso público em todo o mundo e a quebra de profissionalismo está sendo averiguada”.
ASSISTA:
@AJEnglish should reprimand & not tolerate derogatory &racist commentary on their screen from their anchormen such as
— عبدالله الشايجي (@docshayji) February 27, 2022
peter Dobbie who on live TV talked about the Ukrainian refugees as prosperous middle class like next door neighbors,unlike refugees from the M. East & N. Africa🧐 pic.twitter.com/DrX3TgdZiw
Assim como eles, outros jornalistas revelaram os dois pesos e duas medidas de uma cobertura da imprensa internacional de guerras.
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