Bolsonaro coloca mais informações sob sigilo, saiba quais:
08/05/2022
O governo de Jair Bolsonaro (PL) continua sua sanha de colocar tudo sob sigilo, ao contrário da transparência necessária para poder combater a corrupção e o mal uso do dinheiro público. Informações necessárias para a investigação de crimes, para fiscalizar governos e poder cobrar deles respostas, Bolsonaro está cada dia mais colocando tudo sob sigilo, entenda melhor:
Ao contrário do que era tradição até sob o governo Dilma (PT), as informações públicas, gastos entre outras coisas relacionadas a gastos públicos, tinham total transparência com a à Lei de Acesso à Informação (LAI), que entrou em vigor em 16 de Maio de 2012, mas agora com Bolsonaro, isso tudo mudou radicalmente.
Sob Bolsonaro, o número de demandas pedidas para vir a informação pública é colocada sob segredo e sigilo.
“Gostaria de confirmar a informação do presidente Jair Bolsonaro de que o ministro Bento Albuquerque é um dos ministros que contraíram a covid-19 e se tratou com hidroxicloroquina”, escreveu um cidadão em pedido ao Ministério de Minas e Energia (MME) em agosto de 2020. Teve um não como resposta. A pasta alegou que a informação era de caráter pessoal e, por esse motivo, ficaria em sigilo por cem anos.
Esse pedido se junta a casos notórios em que a proteção da informação durará um século sob alegação de que é da esfera da vida privada de autoridades. Foi o que ocorreu com o processo administrativo que apurou a participação do general Eduardo Pazuello em ato político ou ainda para o cartão de vacinação do presidente da República.
Além disso, não devemos esquecer o sigilo sobre os gastos com o cartão corporativo da presidência da república, que estão na casa dos milhões em menos de 60 dias.
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De acordo com levantamento do Estadão, cerca de 26,5% dos pedidos de informação pública são colocados sob sigilo no Governo Bolsonaro.
– Em 100 anos saberá. 👍 pic.twitter.com/Y76SfGoSrq
— William De Lucca (@delucca) April 13, 2022
“Nos últimos quatro anos, a Lei de Acesso ficou em risco permanente”, disse a gerente de projetos da Transparência Brasil, Marina Atoji. “A atual gestão faz movimentos contrários à transparência, o que influencia toda a cultura do serviço público”, completou a diretora da agência Fiquem Sabendo, Maria Vitória Ramos.