China retalia EUA com 2 medidas que vão atingir seu complexo militar industrial

15/04/2025
A China usou duas cartas geopolítica e comerciais que devem atingir em cheio os EUA e seu complexo industrial militar. A escalada da guerra comercial entre os dois países dá sinais que Xi Jiping tem algumas cartas na manga e deve joga-las, a consequência dessas duas medidas da China podem ter impacto devastador em breve nos EUA.
Nessa terça-feira (15), a China anunciou uma medida dura á indústria aeronáutica militar dos EUA.
A medida é não comprar mais peças e aviões da gigante da aviação norte-americana, Boeing. O governo chinês ordenou que todas empresas chinesas de aviação não comprem mais nenhum avião fabricado pela empresa.
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”Em 2017, em seu primeiro governo, Trump fez a mesma guerra comercial contra a China, que era outro país. Já era uma superpotência e tinha uma condição econômica extraordinária, mas não era a China de 2025, que se preparou para Trump, fez um colchão e tem uma atitude diplomática mais agressiva e combativa do que em qualquer outro momento dos últimos 80 anos do país no mundo” disse o jornalista Jamil Chade, no UOL, mostrando a mudança de postura diplomática e geopolítica de Pequim, frente aos EUA.
A Boeing além de fazer parte de um setor chave da indústria norte-americana, também compõe o complexo industrial militar dos EUA. De acordo com o jornalista Jamil Chade, essa medida atinge duramente o coração do complexo militar industrial dos EUA.
”Não é apenas uma retaliação à questão tarifária, mas que vai em outro sentido. Nos EUA, há uma proposta do governo Trump para barrar todos os navios chineses que possam ancorar nos portos americanos para despejar seus produtos ou levar mercadorias para a China” diz o jornalista.
Trump quis colocar tarifas de US$ 1 milhão por cada navio chinês que aportasse em portos americanos e a China então resolveu dar um golpe profundo na empresa aeronáutica militar americana, a Boeing.
Mas talvez a medida mais dura da China não seja essa e sim outra, que pode paralisar completamente a indústria de alta tecnologia.
UMA MEDIDA DURA E POUCO COMENTADA POR ANALISTAS DA MÍDIA

A China limitou a exportação de terras raras e isso deve atingir em cheio a indústria de defesa e tecnológica dos EUA.
Essas terras raras refinadas são essenciais para a indústria de alta tecnologia e militar, ou seja, Chips, itens de alta tecnologia, além de armamentos modernos são feitos á partir dessas terras raras refinadas.
A China responde por 61% da produção global de terras raras mineradas, mas seu controle sobre o estágio de processamento é de 92% da produção global, segundo a Agência Internacional de Energia.
Essa medida pode ter impactos severos na indústria de alta tecnologia e militar dos EUA, que depende fortemente desses insumos para a produção de equipamentos essenciais.
As novas regras exigem que todas as empresas chinesas obtenham permissão especial governamental para exportar os sete minerais e produtos associados, como ímãs.
O Que São Terras Raras e Por Que São Importantes?

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a fabricação de:
- Eletrônicos avançados (smartphones, chips, baterias de veículos elétricos)
- Tecnologia militar (mísseis, sistemas de radar, aviões stealth)
- Energia renovável (turbinas eólicas, painéis solares)
A China domina não apenas a extração, mas também o refinamento desses minerais, controlando 90% do processamento global.
Ímãs feitos de terras raras permitem motores e geradores menores e mais eficientes usados em smartphones, motores de carros e aviões, e máquinas de ressonância magnética. Eles também são componentes essenciais em uma série de armamentos de alto custo, desde caças furtivos F-35 até submarinos de ataque movidos a energia nuclear.
“É a China mostrando que pode exercer um poder econômico incrível sendo estratégica e cirúrgica, atingindo a indústria americana exatamente onde dói”, disse Justin Wolfers, professor de economia e políticas públicas da Universidade de Michigan.
Gracelin Baskaran, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, afirmou que as limitações se concentram em terras-raras pesadas, que a China tem 100% de controle de processamento, tornam os Estados Unidos suscetíveis. O país não possui capacidade interna para tal.
Os EUA produzem menos de 1% das terras-raras globais. A mina Mountain Pass, da MP Materials, é a única instalação ativa de extração e processamento no país. Baskaran destacou que os EUA nem sequer dominam tecnologias-chave, como a extração por solventes para separar os elementos.
ATENÇÃO!!! AS DUAS PRÓXIMAS POSTAGENS SÃO CHATAS, PORÉM IMPORTANTES!!! LEIAM!!!
— Sacani (Space Today) – AKA Gordão Foguetes (@SpaceToday1) April 15, 2025
🚨🇨🇳 A CHINA ACABOU DE APERTAR O BOTÃO “NÃO” ÀS EXPORTAÇÕES DE TERRAS RARAS — E O OCIDENTE ESTÁ EM PÂNICO
Então, Trump aplicou novas tarifas picantes à China para o “Dia da Libertação”. A China… pic.twitter.com/3rixTGPTu9
QUAIS SERÃO OS EFEITOS EM BREVE ?
- Aumento de Custos e Desabastecimento
- Empresas como Apple, Tesla e Intel dependem de terras raras para produzir componentes críticos.
- Com a escassez, os preços podem disparar, encarecendo produtos como baterias de lítio e semicondutores.
- Atrasos na Produção de Tecnologias Verdes
- Os EUA planejam expandir a produção de carros elétricos e energia limpa, mas a falta de neodímio e disprósio (usados em motores e ímãs) pode atrasar esses projetos.
- Risco para a Segurança Nacional
- O Pentágono utiliza terras raras em:
- Sistemas de defesa antimísseis
- Aviões F-35 (que usam ímãs de terras raras em seus sistemas de navegação)
- Drones militares e satélites
- Sem acesso estável a esses materiais, a capacidade de inovação e manutenção de equipamentos militares pode ser comprometida.
- O Pentágono utiliza terras raras em:
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