em Política

Acusado de matar Marielle, fala de ajuda que recebeu de Bolsonaro no passado

04/03/2022

Ronnie Lessa, principal suspeito de matar a vereadora do PSOL, Marielle Franco, deu entrevista á Revista VEJA, em que revela que ajudou Bolsonaro em determinado momento e mostra ainda descontentamento com abandono na prisão, teremos episódios bombásticos em breve.

A vida política pode ser sacudida nos próximos dias com a entrevista de Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de matar Marielle Franco (PSOL-RJ) à Revista Veja. Ele citou uma relação que teve com Jair Bolsonaro em 2009, seria uma espécie de recado ?

Segundo ele, após perder parte da perna esquerda devido a explosão de uma bomba colocada em seu carro, Jair Bolsonaro – que naquele momento exercia um mandato de deputado federal – interveio para que seu atendimento fosse priorizado pela Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro. “No final dessa história eu saio como mal-agradecido. Nunca fui apertar a mão dele”, disse Lessa que está preso Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.

“Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu. Ele gosta de ajudar a polícia porque é quem o botou no poder. Podia ser qualquer outro policial, disse Lessa. Ainda segundo o ex-PM, ele deixou a instituição cerca de duas semanas depois pelo fato da prótese oferecida ser “bem simplesinha” e do seguro que recebeu lhe permitir comprar uma melhor. De acordo com a reportagem, a proximidade do clã Bolsonaro com a ABBR “é pública e notória: entre 2004 e 2018, Bolsonaro destinou ao menos 4,6 milhões de reais em emendas parlamentares para a instituição, sem contar a generosidade dos filhos”.

Por que Lessa resolveu falar disso nesse momento?

Lessa disse, ainda, que não possui aproximação com Jair Bolsonaro, apesar de ter sido vizinho dele e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Condomínio Vivendas da Barra, no Rio. “Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, disse o ex-policial sobre Bolsonaro.

Na entrevista, Lessa também destacou que o assassinato de Marielle teria sido intermediado pelo ex-capitão Adriano da Nóbrega, chefe do bando de milicianos e assassinos de aluguel conhecido como Escritório do Crime, que foi morto pela polícia na Bahia em 2020. “Ele estava num patamar em que não entrava mais num carro para dar tiro em ninguém, mas tenho quase certeza de que o grupo dele fez”, afirmou.

   

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