Aliado de Bolsonaro, Guaidó é flagrado com narcotraficantes paramilitares
Sob nova ameaça de intervenção, agora defendida pela Colômbia de Ivan Duque, a Venezuela viu circular nesta semana fotos do principal líder oposicionista e autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, ao lado de paramilitares narcotraficantes do país vizinho. As imagens, divulgadas por ONG de Direitos Humanos que atuam em território colombiano, repercutiu no país bolivariano e levantou novas polêmicas.
Os cliques foram feitos em 22 de fevereiro, um dia antes do “embate cultural” promovido por Guaidó contra o presidente Nicolás Maduro. Junto de grandes empresários, o oposicionista convocou um show com artistas internacionais na fronteira da Venezuela com a Colômbia para pressionar o líder chavista, que também criou seu próprio festival contra intervenção externa. Para chegar ao outro lado de forma secreta, passou por um caminho tortuoso e foi nesse trajeto que aparece ao lado de integrantes da milícia Rastrojos – que lucra com tráfico de drogas e comércio ilegal de ouro -, indicando que a travessia possa ter ocorrido com apoio de narcotraficantes.
Guaidó aparece posando ao lado de Albeiro Lobo Quintero, conhecido como Brother, e John Jairo Durán, conhecido como El Menor. Os dois são líderes da Los Rastrojos. Wilfredo Cañizares, diretor da Fundação Progresar, foi quem divulgou as foto e disse à TeleSUR que as imagens confirmam suspeitas antigas levantadas pela fundação. “A fotografia é a prova cabal de algo que estávamos trabalhando. Desde 22 de fevereiro recebemos informação de comunidades assentadas na área rural de Cúcuta e no norte de Santander que o o grupo Los Rastrojos impôs um golpe de queda”, disse.
O ministro de Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Néstor Reverol, condenou as imagens e classificou que “a saída do deputado foi coordenada pela organização paramilitar Los Rastrojos que se responsabilizou pela segurança de Guaidó e submeteram a população da zona a uma reclusão de 24 horas para evitar que o deputado fosse visto”.
A oposição da Colômbia criticou o presidente Ivan Duque e a relação de Guaidó com os narcos. O senador opositor colombiano Gustavo Petro, segundo colocado nas eleições presidenciais de 2018 disse que “se um governante se apoia no narcotráfico para chegar ao poder, banhará seu país de sangue. Na Colômbia esse casamento entre política, poder e narcotráfico já deixou 100.000 mortos”.
Lo dijimos desde el primer día: la entrada a Colombia el 23 de febrero del sr @jguaido fue coordinada con los Rastrojos. Aquí están alias el brother armado, y el segundo al mando de este grupo paramilitar, alias el menor. pic.twitter.com/qflAYBgWQf
— WILFREDO CAÑIZARES (@wilcan91) September 12, 2019