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Aloysio Nunes do PSDB, confessa que Lava Jato e Moro manipularam Impeachment de Dilma

“Não é possível, em um processo judicial, em um país civilizado, um juiz e os procuradores se comportarem da forma como se comportaram”, afirmou o ex-chanceler de Temer

O ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), um dos grandes defensores do afastamento da então presidenta Dilma Rousseff, em 2016, agora considera que houve uma “manipulação política do impeachment” pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e pelo ex-juiz Sergio Moro, atual ministro do governo Jair Bolsonaro (PSL).



Em entrevista para a Folha publicada nesta sexta-feira (27), Aloysio, que com o impeachment se tornou ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (MDB), afirma que isso ficou provado após a divulgação de mensagens trocadas entre procuradores da operação, obtidas pelo site The Intercept Brasil por meio de fonte anônima e também analisadas por outros veículos, entre eles a Folha.
“Não é possível, em um processo judicial, em um país civilizado, um juiz e os procuradores se comportarem da forma como se comportaram. Processo judicial exige um juiz independente, imparcial, que dê iguais oportunidades tanto à defesa quanto ao Estado provarem seus argumentos.”

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Ele afirma também que a divulgação do telefonema entre a então presidente Dilma e o ex-presidente Lula em 2016, que resultou em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a posse de Lula como chefe da Casa Civil do governo, impediu o governo petista de recompor sua base e barrar o impeachment.




“Lula, que dizem que foi um governo socialista, governou com a direita. Teria rapidamente condições de segurar a base política. Porque o impeachment é um processo jurídico —crime de responsabilidade—, e político. Ele, pelo menos em relação à questão política, talvez tivesse condição de recompor. Foi exatamente por isso que eles procuraram barrar, como conseguiram, a posse de Lula.”

Aloysio afirmou ainda que “eles manipularam o impeachment, venderam peixe podre para o Supremo Tribunal Federal. Isso é muito grave”.

Via Revista Fórum

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