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Após atentados, primeira-ministra da Nova Zelândia promete endurecer controle de armas

Revista Fórum

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, fez um pronunciamento em cadeia nacional nesta sexta-feira (15) informando que vai mudar a as leis com o intuito de limitar o acesso às armas de fogo no país. “Agora é a hora de mudar”, disse.

A declaração veio logo após os atentados xenófobos simultâneos em duas mesquitas que mataram 49 pessoas e deixaram outras 48 feridas.

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Um dos alvos do ataque contra a comunidade muçulmana foi a mesquita de Linwood, que estava lotada com mais de 300 pessoas, no subúrbio de Linwood, em Christchurch. Outra mesquita atacada foi a Masjid Al Noor, ao lado do Parque Hagley. Relatos indicaram novo tiroteio no local. Ao menos quatro pessoas envolvidas nos atentados foram detidas: três homens – dos quais um seria australiano – e uma mulher. A polícia local informou, porém, que não está descartada a hipótese de que outros agressores estejam envolvidos e, portanto, foragidos.

Uma das motivações para a primeira-ministra propor uma nova lei de armas é o fato de que foram apreendidas, com os criminosos, cinco armas compradas legalmente, entre elas duas semiautomáticas, que devem ser as primeiras a ter o acesso mais restrito com a nova lei.

Atualmente, a idade mínima para compra de armas na Nova Zelândia é de 16 anos para armas comuns e 18 anos para armas semiautomáticas ou de estilo militar. As pessoas que desejam ter arma de fogo, a partir destas idades, precisam de uma licença, concedida pela polícia, e não podem ter antecedentes criminais.

No Brasil, mais armas

Enquanto ataques violentos geram debates sobre mais controle de armas e todo o mundo, no Brasil a ideia do atual governo é facilitar ainda mais o acesso das pessoas a este tipo de instrumento.

Na quarta-feira (13), mesmo dia do brutal massacre em uma escola de Suzano (SP), o presidente Jair Bolsonaro informou que está preparando um projeto de lei para ser encaminhado ao Congresso com o objetivo de flexibilizar o porte. A proposta vem logo após o decreto que facilitou a posse de armas, baixado em janeiro.

No dia seguinte, quinta-feira (14), o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, apresentou seu primeiro projeto de lei no Senado: autorizar a instalação de fábricas civis de armas de fogo e munições no Brasil.

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