Ciro afirma que prenderia e demitiria General Villas Boas
“No meu governo, militar não fala em política. Ele estaria demitido e provavelmente pegaria uma cana”, afirmou o presidenciável Ciro Gomes (PDT) ao criticar o chefe das Forças Armadas, o general Eduardo Villas Bôas; o militar disse que “a legitimidade do novo governo” poderia ser questionada se o ex-presidente Lula fosse candidato ao Planalto; o pedetista disparou contra o general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL); “O general Mourão (vice de Bolsonaro) é um jumento de carga, que tem entrada no Exército”; e atacou Bolsonaro: “uma aberração”
247 – O presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (12) que em seu governo o chefe das Forçar Armadas, o general Eduardo Villas Bôas, teria sido demitido por sua fala pública sobre a instabilidade política no Brasil, e “provavelmente pegaria uma cana”.
“No meu governo, militar não fala em política. Ele estaria demitido e provavelmente pegaria uma cana. Eu conheço bem o general Villas Bôas. Ele está fazendo isso para tentar calar as vozes das cadelas no cio que estão se animando, o lado fascista da sociedade brasileira”, afirmou Ciro em sabatina do jornal O Globo.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Villas Bôas afirmou que “a legitimidade do novo governo” poderia ser questionada se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse candidato ao Palácio do Planalto.
O candidato do PDT também criticou o general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). “O general Mourão (vice de Bolsonaro) é um jumento de carga, que tem entrada no Exército. Quem manda nesse País é nosso povo. Tutela, sargentão dizendo que vai fazer isso e aquilo, comigo não acontecerá. Sob a ordem da Constituição, eu mando e eles obedecem. Quero as Força Armadas poderosas, modernas, altivas. Não quero envolvidas no enfrentamento do narcotráfico, isso é papo de americano”, disparou Ciro.
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Mourão defendeu a possibilidade de, em caso de assumir o governo, o presidente da República poderá fazer um “autogolpe” com o apoio das Forças Armadas para conter uma “anarquia”. “O próprio presidente é o comandante-chefe das Forças Armadas, ele pode decidir isso. Ele pode decidir empregar as Forças Armadas. Aí você pode dizer: “mas isso é um autogolpe”, disse Mourão à Globonews nesta sexta-feira (7).
O militar também chamou de “herói” o coronel Brilhante Ustra, falecido e apontado como torturador durante a Ditadura Militar (1964-1985).
De acordo com Ciro, o eleitor que “vota em (Jair) Bolsonaro quer matar” o Brasil. “Bolsonaro, uma aberração, sofre um atentado. Aí vai o Magno Malta, o Silas Malafaia… O filho dele diz ‘vamos ganhar essa bagaça no primeiro turno’. Estão insultando a inteligência da população. Estou tentando propor um caminho mais racional”, acrescentou.
Veja a entrevista no Estadão