em Denúncias

CNJ decide investigar Moro por repasses à Petrobrás

22/09/2023

O Conselho Nacional de Justiça decidiu investigar o ex-juiz parcial Sérgio Moro por repasses a Petrobrás. está sendo criado um grupo na PF, em colaboração entre o CNJ e o ministro Flávio Dino, da Justiça.

Moro se vê novamente encurralado por investigações de várias frentes contra o mesmo, agora o CNJ decidiu investigar os repasses à Petrobrás, nos tempos da Lava Jato, quando o mesmo era juiz da Vara Federal de Curitiba. A juíza Gabriela Hardt também será investigada.

A investigação ocorrerá por determinação do corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, que ordenou a instauração de um reclamação disciplinar contra Moro e Hardt, ex-titulares da Operação Lava Jato.

De acordo com a decisão de Salomão, os ex-agentes da Lava Jato podem ter repassado R$ 2,1 bilhões à Petrobras sem critérios objetivos, entre 2015 e 2019.

Salomão busca apurar o repasse de R$ 2,1 bilhões à Petrobrás por Moro e Hardt, que teriam atuado de maneira irregular. De acordo com a reportagem de Mônica Bergamo, “o montante teria sido transferido antes mesmo do trânsito em julgado de parte das ações penais, em um processo instaurado de ofício que não incluiu a participação de réus e investigados”.

ARTIGOS RELACIONADOS:

Bolsonaro se interna com novo trecho de delação de Mauro Cid

Dino envia relatório sobre desvios de Moro na Lava Jato para a PF

Ao determinar a instauração da reclamação discipinar contra o ex-juiz suspeito, o corregedor citou um trecho do relatório da correição do CNJ que destaca a participação de Moro, Hardt, o ex-procurador Deltan Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato em violações reiteradas.

“Em período compreendido entre o ano de 2015 e o ano de 2019, na cidade de Curitiba, Paraná, o então juiz federal Sergio Fernando Moro e a juíza federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em atendimento aos interesses do então procurador da república Deltan Dallagnol, de procuradores da república da denominada força-tarefa da Lava Jato e de representantes da Petrobras, violaram reiteradamente os deveres de transparência, de prudência, de imparcialidade e de diligência do cargo ao promoveram o repasse de R$ 2.132.709.160,96” à estatal, “atribuindo a essa companhia a posição de vítima, conscientes de que a Petrobras estava sob investigação por autoridades americanas desde novembro de 2014, por conduta ilícita da empresa nos Estados Unidos da América”, diz o trecho.

ENTRE EM NOSSO CANAL NO TELEGRAM E RECEBA NOTÍCIAS

Os comentários estão desativados.