em Economia

Depois do arroz, brasileiro sofre com aumento da energia elétrica e combustíveis

12/09/2020

Do ESTADO DE MINAS:

O arroz levou a culpa numa semana marcada pela repercussão do aumento dos preços dos alimentos e por uma única medida anunciada pelo governo para contê-los, a isenção da tarifa de importação sobre 400 mil toneladas do produto até dezembro. No entanto, esse carro-chefe da mesa dos brasileiros está bem distante da condição de único culpado. A inflação de agosto mostra o avanço de outros custos que as famílias estão pagando. Energia elétrica, gasolina, óleo diesel, etanol e os transportes em geral, além da manutenção da casa, ressurgiram com reajustes importantes e superiores à inflação, medida tanto no Brasil quanto na Região Metropolitana de Belo Horizonte.




O desamparo diante da corrida dos preços afeta mais quem depende do auxílio emergencial, agora reduzido a parcelas de R$ 300 até dezembro, enquanto a previsão de queda dos preços dos alimentos continua na base de discurso e da expectativa. Em BH, a ajuda do governo equivale, apertado, a 10 sacos de arroz de 5 quilos.
 

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Como numa espécie de ciranda, os brasileiros, assustados com os aumentos, assistiram a um presidente que, preocupado com a curva da inflação, pede patriotismo aos varejistas, os quais acusam fornecedores pelos reajustas e estes, por sua vez, enumeram uma série de custos que subiram. Só não sobrou aos consumidores, principalmente aqueles de baixa renda, a quem recorrer para repassar a conta.




Na mesa ou fora dela, há um fardo lançado sobre as famílias e, se não parece, é fato que os aumentos dos preços não vão se resolver rapidamente, como vem alertando André Braz, coordenador do IPC da Fundação Getulio Vargas/IBRE. “Enquanto a taxa de câmbio não se estabilizar, não haverá baixa consistente de preços”, afirma. O mesmo governo que sobe no palanque para estranhar as razões de aumentos que já conhecia segue firme sem mexer em políticas que pressionam o câmbio e levar confiança aos investidores internacionais.
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