Diarista morre com 85% do corpo queimado ao cozinhar com álcool
10/04/2022
A tragédia do Brasil de Bolsonaro. A mãe afirmou que a filha enfrentava graves problemas financeiros e não tinha dinheiro para comprar gás, que em março custava R$ 112,54 em março no Brasil.
Uma diarista morreu com 85% do corpo queimado ao cozinhar com álcool, por não ter dinheiro para comprar gás de cozinha, o nome dela era Angélica Rodrigues, de 26 anos, moradora de um barraco numa comunidade próxima ao Parque Bitaru, região periférica de São Vicente (SP).
Essa realidade que é uma das histórias que vem se tornando cada vez mais comum, durante o governo Bolsonaro, devido ao preço do botijão de gás, que vem explodindo e aumentando cada vez mais.
Angélica passou 15 dias internada em um hospital em São Vicente (SP), guardando por uma transferência para um hospital de referência no tratamento de queimados em São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos.
Por conta da pandemia, a diarista estava sem trabalho e com graves problemas financeiros.
De acordo com a mãe da diarista, a cozinheira Silvia Regina dos Santos, 43, a filha vinha passando por momentos difíceis, devido a falta de dinheiro.
“Ela pegava uma lata de sardinha e colocava o álcool, usando como espiriteira. Punha fogo e a panela em cima. No dia do acidente, ela pensou que a chama do potinho tinha apagado e virou o galão de álcool, mas o fogo subiu para o galão. Ela se assustou, sacudiu o galão, e o fogo acabou se espalhando no corpo todo”, contou.
“Ela teve que vender o celular para comprar comida e fiquei um tempo sem falar com ela. Soube do que tinha acontecido quando me avisaram de um post que ela conseguiu fazer no Facebook, com um celular que conseguiu emprestado no quarto onde ela estava internada”.
A mãe não foi avisada, do que ocorreu com a filha.
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