Folha mostra como sertanejos que criticam Lei Rouanet, ganham com dinheiro público
25/05/20222
Os sertanejos que se alinham com Jair Bolsonaro (PL) e que fazem uma crítica hipócrita a Lei Rouanet (Lei de incentivo a cultura), ganham bastante dinheiro público pelo Brasil afora e ainda tem a coragem de criticar algo e principalmente artistas que não se alinham ao bolsonarismo.
Como os cantores sertanejos que tanto criticam Anitta e outros artistas que não se alinham ao bolsonarismo, ganham dinheiro público e ainda criticam a Lei Rouanet?
Reportagem especial da Folha de São Paulo, mostra como sertanejos que tanto criticam a famosa Lei Rouanet se beneficiam de dinheiro público a rodo por prefeituras e festas públicas, Brasil afora.
O sertanejo Zé Neto fez uma crítica a Anitta, por conta de uma tatuagem e acabou colocando a Lei Rouanet no meio, o que fez com que pessoas saíssem em defesa da cantora.
O jornalista Demétrio Vechioli, apontou que o ataque de sertanejos como Zé Neto a Lei Rouanet, chega a ser incoerente, porque sertanejos como ele, são os que mais se beneficiam de shows com dinheiro público.
R$ 550 mil de Extrema (MG) pic.twitter.com/rPyqR6sgcC
— Demétrio Vecchioli (@Olhar_Olimpico) May 14, 2022
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Vecchioli chamou atenção para o fato de que o show que Zé Neto fazia quando criticou Anitta tinha sido pago pela prefeitura de Sorriso, cidade de Mato Grosso a 400 quilômetros de Cuiabá. O valor do cachê era R$ 400 mil.
A reportagem da Folha detalha sobre isso.
“Em outras palavras, os documentos comprovam que Zé Neto, que atacou a Rouanet, usa verba pública como qualquer artista que recorre à Lei de Incentivo à Cultura.” mostra trecho da reportagem da Folha.
Além disso a Folha chama a atenção para outro fato:
”A resposta é a falta de controle em relação às verbas municipais. Isso, inclusive, torna inviável uma pesquisa rápida sobre todas as apresentações contratadas por meio desse financiamento. É diferente da Rouanet, que mantém um portal para que o cidadão pesquise e filtre os projetos que já foram e que estão sendo financiados.”
Com informações da Folha de São Paulo