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Guerra política: Bolsonaro está agindo para tornar Moro inelegível

03/06/2020

Sérgio Moro é um componente político que pode ”rachar” a base política bolsonarista, além da mágoa de Bolsonaro com o ex-Ministro, sua figura divide a unidade da direita que levou Bolsonaro ao poder.




Parlamentares disseram ao Blog da jornalista Andrea Saadi no G1, que Bolsonaro pode estar agindo para tornar Sérgio Moro ‘inelegível’ para uma eventual eleição. O objetivo é impedi-lo de concorrer as eleições presidenciais de 2022, uma ”ironia do destino”, já que Moro agiu e fez de tudo para impedir Lula de ganhar e concorrer as eleições de 2018.

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A avaliação política do Planalto é que diferente de adversários políticos de esquerda, Moro tem potencial para rachar a base bolsonarista.  O projeto do governo é inviabilizar politicamente o ex-Ministro, que menos de 5 dias após Bolsonaro ser eleito, já foi aceitando cargo no governo.

O governo avalia que Moro quer ”suceder” Bolsonaro na cadeira do Planalto.




“Desde que saiu do governo e passou para o lado de inimigos de Bolsonaro, Moro virou pré-candidato à Presidência em 2022. O Planalto tem certeza de que o ex-ministro quer suceder Bolsonaro no Planalto e, por isso, quer desidratar o adversário”, diz a reportagem de Andrea Saadi.

Aliados de Moro ficaram preocupados com a retomada de negociação de delação premiada de Tacla Duran, que acusa amigo de Sérgio Moro de lhe pedir ”propina de 5 milhões” para intermediar acordos de delação premiada na Operação Lava Jato.

Tacla Duran, falou a Câmara dos Deputados sobre as denúncias, em audiência da na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, que teria recebido uma proposta de ”proteção” de padrinho de Moro e promessa de melhoras no acordo de delação premiada em troca de ”propina”.

Os deputado federais Paulo Pimenta (PT-RS) e o então deputado federal a época Wadih Dahmous (PT-RJ) foram a Espanha conversar com o advogado Tacla Duran, a quem Moro chama de ”foragido”:




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Aliados de Moro acreditam até que o ex-Ministro pode ser alvo de buscas e apreensões para ”desgastar sua imagem”. Em resposta a reabertura do caso Tacla Duran pela Procuradoria Geral da República, Moro falou a coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

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Moro disse que ficou “perplexo” e “indignado” com a decisão de Aras.

“Causa-me perplexidade e indignação que tal investigação, baseada em relato inverídico de suposto lavador profissional de dinheiro, e que já havia sido arquivada em 2018, tenha sido retomada e a ela dado seguimento pela atual gestão da Procuradoria-Geral da República logo após a minha saída, em 22 de abril de 2020, do governo do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Moro em nota.

O método lavajatista e parcial como revelou a Vaza Jato, agora volta-se contra os adversários políticos de Bolsonaro. A política tem dessas coisas.

 

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