Investigações contra Paulo Guedes por fraudes em fundos de pensão avançam
05/07/2020
Jornalista de O Globo, Lauro Jardim, informa que em breve, Paulo Guedes será surpreendido por um trabalho de investigação do Ministério Público. Fundo de negócio da Caixa teria tido prejuízo de 22 milhões com negócios de Paulo Guedes, o Ministro da Economia.
Via Revista Fórum
O jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo neste domingo (5), afirma que segue “em velocidade de cruzeiro” a investigação que tem como alvo o ministro da Economia, Paulo Guedes, por crimes cometidos ao fraudar fundos de pensão estatais.
A investigação é um dos focos de ação prioritários da operação Greenfield, que desvendou prejuízos bilionários nos maiores fundos de pensão do Brasil, diz o jornalista.
O caso foi revelado em 2018, ainda durante a campanha eleitoral, quando o Ministério Público Federal (MPF) divulgou a investigação sobre as suspeitas de que Guedes se associou a executivos para praticar fraudes em negócios com fundos de pensão de estatais.
O “super” ministro de Jair Bolsonaro captou ao menos R$ 1 bilhão dessas entidades em seis anos. Ele é investigado ainda por suposta emissão e negociação de títulos sem lastros ou garantias ao negociar, obter e investir recursos de sete fundos.
Entre as entidades estão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios), além do BNDESPar —braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
As transações foram feitas a partir de 2009. Para o MPF, há “relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar” se consorciaram “com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM”.
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A intenção seria a de cometer “crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias”.
O caso virou alvo de investigação da Polícia Federal em novembro do mesmo ano e também são alvo do Tribunal de Contas da União.
Mesmo assim, Guedes levou parte dos investigados para o Ministério da Economia. Em janeiro deste ano, Esteves Colnago, denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal por participação no rombo de R$ 5,5 bilhões nos principais fundos de pensão do país, foi promovido por Guedes a chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia.
Colnago foi denunciado por “gestão temerária” pela Operação Greenfield, da Polícia Federal.