Líder da Paralisação dos Caminhoneiros é preso
Em mais um ataque contra a liberdade de organização dos trabalhadores, o líder da paralisação dos caminhoneiros Alexsandro Viviani, foi preso, informa Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro). O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos afirmou em nota em apoio a greve dos petroleiros, que apoiaram a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, mas que estavam contra a política de preços do governo Bolsonaro.
Jornal GGN – Alexsandro Viviani, o Italiano, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos (Sindicam) foi detido pela Força Tática da Polícia Militar durante protestos de caminhoneiros.
O grupo realizou protesto na manhã de hoje, 17, no Porto de Santos. A intenção é um protesto de 24 horas, que começou a zero hora. Estão reunidos na Avenida Engenheiro Augusto Barata.
Não houve bloqueio de acesso, já que o juiz Roberto da Silva Oliveira, da Justiça Federal de Santos, determinou multa diária de R$ 200 mil caso a liminar não seja cumprida. O presidente da Sindicam garantiu que iam cumprir a decisão.
A movimentação é um protesto contra o fechamento de dois grandes terminais de contêiner no Porto de Santos. Isso por conta do PDZ – Plano de Desenvolvimento e Zoneamento. Com o PDZ, dez mil pais de família perderam seu trabalho. Além disso, brigam contra o fim do piso mínimo de frete e a questão do preço dos combustíveis.
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Segundo o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, o PDZ é um rearranjo de terminais portuários, ‘um conceito de clusterização’, que irá concentrar cargas por tipos em determinadas áreas do Porto.
Líder dos caminhoneiros anuncia paralisação para segunda-feira (17) pic.twitter.com/oghGHzINu0
— Revista Fórum (@revistaforum) February 15, 2020
Quanto à prisão do sindicalista, ainda não se tem informações sobre o motivo, já que o movimento é pacífico e não desobedeceu a liminar sobre fechamento de vias. Também não se tem informações do porquê a Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.
Pelos relatos, a ação truculenta da Polícia foi para impedir que os grevistas conversassem com caminhoneiros que estavam chegando ao Porto, para conseguir maior adesão.