Ministro de Bolsonaro usou mulheres como candidatas laranjas para desviar recursos na eleição em MG
Uma das candidatas, Lilian Bernardino recebeu da direção do PSL R$ 65 mil de recursos públicos, declarou ter gasto todo esse valor e obteve apenas 196 votos. Porém, o secretário do PSL em Ipatinga (MG), Edmilson Luiz Alves, que coordenou o comitê de campanha do PSL na região, disse nunca ter visto a candidata
Ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro (PSL), Marcelo Álvaro Antônio (PSL/MG), deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de candidaturas laranjas no estado que direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. As informações são dos jornalistas Ranier Bragon e Camila Mattoso, na edição desta segunda-feira (4) da Folha de S.Paulo.
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Com o esquema, o comando nacional do partido do PSL repassou R$ 279 mil a quatro candidatas, que tiveram pouco mais de 2 mil votos no Estado. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas.
Segundo a Folha, dos R$ 279 mil repassados pelo PSL, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.
Uma das candidatas, Lilian Bernardino recebeu da direção do PSL R$ 65 mil de recursos públicos, declarou ter gasto todo esse valor e obteve apenas 196 votos. Porém, o secretário do PSL em Ipatinga (MG), Edmilson Luiz Alves, que coordenou o comitê de campanha do PSL na região, disse nunca ter visto a candidata. “Não, não conheço essa Lilian não. Nem o telefone dela eu tenho.”