em Política

O novo diretor da PRF, que é anti-Bolsonaro e admira Fidel

22/12/2022

Finalmente uma boa indicação vinda do governo Lula, feita pelo futuro Ministro da Justiça, Flávio Dino. Logo após declinar de indicar um lava jatista para o comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Dino indica um policial rodoviário federal com perfil a esquerda.

O policial rodoviário federal, Antonio Fernando Oliveira, 56 anos, foi indicado para o comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF), logo após o futuro Ministro da Justiça, Flávio Dino, declinar da indicação de um lavajatista, que aplaudiu a prisão de Lula, para o comando da corporação.

O novo nome para ocupar o cargo é advogado, policial rodoviário federal, pós-graduado em direito tributário e mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL).

O policial é próximo a Flávio Dino, é anti-Bolsonaro publicamente e além disso declarou voto em Lula, nas últimas eleições. O escolhido para comandar a PRF ingressou no serviço público na 10ª Superintendência da Polícia Rodoviária Federal na Bahia no início dos anos 1990.

Além disso, nas redes sociais o policial mostra que é fã de Fidel Castro, com fotos com charuto e boina, similar ao líder revolucionário cubano.

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De acordo com a apuração do UOL, Antonio se tornou amigo e próximo a Dino, no Maranhão, com quem trabalhou no mandato do político como deputado federal e, posteriormente, governador, na Assessoria de Planejamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito do Estado).

INDICAÇÃO BARRA O LAVA JATISMO

Anteriormente, Flávio Dino havia indicado o policial rodoviário federal, Edson Camata, que era a favor da prisão de Lula e próximo a Sérgio Moro, isso acabou gerando uma onda de protestos, que fez o novo Ministro repensar a indicação.

Dino falou que a mudança na indicação, foi por questão política.

“Fizemos uma pesquisa de todas as pessoas e levamos em conta menos as visões pretéritas e mais o presente e o futuro, porque somente os mortos não evoluem. Mas nós precisamos ao olhar o futuro e examinar se aquele líder tem condições políticas de conduzir a sua atribuição. Então, realmente não se trata de um julgamento de situações pretéritas. Em meio a polêmicas, você acaba por dissipar energias em uma área quer você precisa de foco (…)  Não há julgamento de desvalor, mas uma avaliação puramente política”, justificou Dino em coletiva de imprensa. 

“Em relação a posições dele pretéritas sobre Lava Jato, Sergio Moro, Dallagnol, sim, claro, mas volto a dizer, não é um critério, mas aí a questão é que houve uma postagem particular e outras, enfim, realmente não é um julgamento sobre o que ele achava em 2017 e 2018, porque realmente não é um critério, a meu ver, determinante, mas em face da polêmica, é claro, que ele no futuro não reuniria condições para se dedicar como nós gostaríamos“, disse ainda. 

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