em Geopolítica, Militarismo

Os EUA nos ameaçam militarmente e os traidores da pátria celebram

10/09/2025

Em uma mensagem com tom de ameaça militar, os EUA falam que poderiam até usar a força militar para defender a “liberdade de expressão” que nem eles defendem no país deles, quando perguntados sobre o julgamento de Bolsonaro, o que o Brasil deve fazer agora é se alinhar cada dia mais com o eixo antagônico ao império americano e fazer parceria militar com os russos e chineses.

Em Washington, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, questionada em entrevista coletiva sobre a possibilidade de antecipar novas punições ao Brasil ou a países europeus por supostos atos contra a liberdade de expressão, ameaçou, após dizer que não tinha qualquer ação adicional a antecipar: “Posso dizer que esta é uma prioridade para o governo, e o presidente não tem medo de usar o poder econômico e o poder militar dos Estados Unidos para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.”

Os EUA ameaçaram diretamente o Brasil com até usar seu poder militar para fazer valer sua agenda geopolítica com a desculpa de “liberdade de expressão”, quando Trump assumidamente está tentando censurar e usar força militar contra políticos opositores, como no caso de Washington e Chicago.

“Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível”, protestou a ministra Gleisi Hoffmann.

“E ainda dizem que estão defendendo a ‘liberdade de expressão’. Só se for a liberdade de mentir, de coagir a Justiça e de tramar golpe de estado; estes, sim, os crimes pelos quais Bolsonaro e seus cúmplices estão sendo julgados no devido processo legal. E o filho, traidor da Pátria, precisa ser cassado!”, defendeu a ministra.

A recente e incomum menção de “poderio militar” por parte de um oficial dos EUA em relação ao Brasil reacendeu um debate crucial sobre a soberania nacional e a autonomia da política externa brasileira. Em um mundo multipolar, onde alianças são dinâmicas, o país se vê diante de uma encruzilhada estratégica. Uma das respostas possíveis, e cada vez mais debatida por especialistas, é a diversificação de parcerias de defesa. Neste contexto, aproximar-se militarmente de potências como Rússia e China surge não como um gesto de confronto, mas como uma jogada estratégica inteligente para garantir a autodeterminação do Brasil

Uma aliança militar formal nos moldes da OTAN é improvável e indesejável, dado o histórico brasileiro de não-alinhamento. O caminho é mais sutil e estratégico, focado em cooperações setoriais específicas, tais como:

  1. Transferência de Tecnologia e Co-produção: O Brasil pode buscar acordos para produzir localmente equipamentos de defesa de ponta. A China é líder em tecnologia de drones (UAVs), sistemas cibernéticos e 5G militarizado. A Rússia possui expertise em sistemas de defesa aérea (como os S-400), mísseis e tecnologia de propulsão para submarinos. Parcerias para fabricar esses sistemas no Brasil, como já foi feito com os veículos blindados Guarani (com a italiana Iveco), fortalecem a Base Industrial de Defesa (BID) nacional e geram empregos de alta qualificação.
  2. Exercícios Militares Conjuntos (Brics+): O fórum dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) oferece uma plataforma perfeita e multilateral para iniciar exercícios militares conjuntos focados em operações de paz, combate ao crime transnacional e proteção de águas territoriais. Isso sinaliza capacidade de dissuasão sem ser explicitamente agressivo.
  3. Inteligência e Cibersegurança: Acordos de compartilhamento de inteligência sobre ameaças híbridas, terrorismo e ciberataques são cruciais. A Rússia e a China possuem vasta experiência nesse campo. Uma cooperação trilateral poderia proteger a Amazônia Azul (área marítima brasileira) e infraestruturas críticas como usinas hidrelétricas e o Pré-Sal contra espionagem e ataques virtuais.
  4. Aquisição Estratégica de Material: Em vez de depender exclusivamente de fornecedores ocidentais, o Brasil pode diversificar suas fontes. A aquisição de equipamentos especializados, como radares de longo alcance da China ou sistemas antiaéreos russos, aumenta o leque de opções das Forças Armadas, garantindo melhor poder de barganha e evitendo monopólios tecnológicos.

O Brasil precisa pensar em sua defesa, na defesa de sua soberania, territórios e riquezas.

Não podemos e não devemos aceitar ameaças vindas de um país estrangeiro, com tradição de invasão de outros países e aceitar menos ainda que parlamentares de extrema-direita comemorem isso e normalizem essas ameaças, é preciso combater o inimigo interno, antes de combater os inimigos externos.

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