Sistema Swift diz que não seguirá Trump em sanções contra Brasil. Entenda

19/08/2025
O sistema SWIFT, sistema internacional de pagamentos que o Brasil é um dos membros, não irá seguir as sanções da Lei Magnistky contra o Brasil, contra o Ministro do STF, Alexandre de Moraes. A declaração foi dada por secretário-executivo da Fazenda, que conversou diretamente com o Chefe Global de Assuntos Corporativos do Swift.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, recebeu em audiência, nesta quinta-feira (14), o Chefe Global de Assuntos Corporativos da sociedade Swift, Hayden Allan. O encontro ocorreu na sede do Ministério, em Brasília.
A Swift, com sede na Bélgica, opera sob a legislação da União Europeia, sendo uma entidade distinta e independente do sistema financeiro dos Estados Unidos. A organização é crucial para o sistema financeiro global, sendo responsável por conectar mais de 11.500 instituições financeiras em mais de 200 países por meio de sua plataforma de mensagens seguras.
“Tive excelente conversa com Hayden Allan, da Swift, que operacionaliza o maior sistema de integração bancária global”, anunciou Durigan pelas redes sociais. “Hayden esclareceu que o Swift, sediado na Bélgica, segue o marco legal europeu e não está sujeito a sanções arbitrárias de países específicos”, escreveu o número dois do ministro Fernando Haddad, sem citar os Estados Unidos.
No final de julho, o governo dos Estados Unidos implementou a Lei Magnitsky, que impõe sanções financeiras a indivíduos ou empresas, direcionando-a ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com Durigan, Allan também esclareceu que o sistema realiza o processamento de transações em diversas moedas e tem aumentado a presença de países em desenvolvimento em seu conselho de administração.
“Reafirmei que o Brasil é um país soberano, democrático e autônomo, que respeita todos os países e exige reciprocidade. Como nação comprometida com o multilateralismo e a integração global, foi gratificante confirmar que somos um dos maiores usuários do Swift mundialmente”, completou o secretário-executivo.
Conforme reportado pelo Estadão/Broadcast no final de julho, o governo brasileiro já estava acompanhando a possibilidade de o país ser removido do Swift pelos Estados Unidos, ação semelhante à tomada pela União Europeia em 2022 em relação aos bancos russos após a invasão da Ucrânia.
Com informações do Infomoney
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