Sociólogo explica como o Centrão poderá trair Bolsonaro
01/02/2021
Bolsonaro está apostando alto no seu candidato a presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL ),porém assim como no passado com Dilma Rousseff, apesar do Centrão se alinhar ideologicamente à Bolsonaro, a famosa “fatura do centrão” pode ocorrer e aí será o momento que Jair Bolsonaro poderá ser traído por eles, é a análise do professor sênior de Sociologia e Política do Insper Carlos Melo.
Jair Bolsonaro terá o que comemorar em breve, mesmo com toda crise econômica, social e sanitária no país, o presidente conseguirá eleger e emplacar um presidente na Câmara dos Deputados. Contudo o apoio não foi de graça e custou R$ 3 bilhões em emendas.
Porém o apoio do Centrão a Bolsonaro é baseado em um interesse político de liberação de recursos, espaços, porém é um apoio temporário e que tem prazo. O Sociólogo Carlos Melo, avalia que Bolsonaro traiu até seu velho discurso contra a “velha política”.
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De acordo com o sociólogo em entrevista ao jornal O Globo: ” O fisiologismo, desprovido de programa, não tem freio. Quando ouço promessas de acesso a recursos e ministérios, pergunto: a troco de quê? Em troca de blindagem para evitar um eventual processo de impeachment e para proteger os filhos. No máximo, um projeto de poder exclusivamente eleitoral. Não se discute como superar essa crise econômica, social, política e sanitária.”
Além disso o sociólogo diz que mesma com a vitória de Lira o governo não irá aprovar tudo o que quer, devido ao fisiologismo que exige que o governo libere mais recursos, tudo isso em meio à pandemia.
Apoio com prazo de validade
Além disso o sociólogo vaticina que o Centrão apoiará Jair Bolsonaro, enquanto houver expectativa de um projeto de poder e acesso aos recursos públicos.
“Agora, se a popularidade do presidente cair e a possibilidade de poder se dissipar, o centrão vai abandonar o navio. Se o país quiser sair dessa crise, vai precisar de uma agenda que exige três quintos dos parlamentares nas duas casas do Congresso, além do apoio da sociedade. Essa maioria é necessária para fazer reformas, criar impostos e reeditar o auxílio emergencial, o que me parece inevitável. Conseguir 257 deputados para eleger o Lira é uma coisa. Chegar a 308 votos na Câmara e 49 no Senado para mudar a Constituição é completamente diferente.” diz o sociólogo.
A avaliação do sociólogo é que o Centrão quer Bolsonaro dependente, fraco. Além disso, o sociólogo avalia que como os recursos são escassos e há muita demanda para o governo, a sua popularidade vai cair ainda mais e a governabilidade será abalada.
Com informações de O GLOBO
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