em Política

Vice-presidente da Câmara: clima do Impeachment de Bolsonaro está “esquentando”

20/07/2021

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) , afirmou nessa terça-feira (20) que o clima do Impeachment de Bolsonaro está esquentando e tece duras críticas ao presidente.

O clima político está subindo de temperatura, no embate entre Jair Bolsonaro e o vice-presidente da Câmara, além de alguns deputados do centrão estarem fazendo cálculos políticos.

O vice-presidente da Câmara dos deputados em entrevista á BBC teceu duras críticas à Bolsonaro e falou que o clima para o Impeachment está esquentando.

   

Depois de Bolsonaro responsabilizar Ramos pela aprovação no Congresso do impopular fundão eleitoral de R$ 5,7 bilhões para financiar as campanhas no pleito de 2022, Ramos decidiu analisar os mais de 120 pedidos de impeachment apresentados contra o presidente.

E a chapa está literalmente esquentando:

“Infelizmente nós temos hoje uma onda de mentiras espalhados pelas redes como rastilho e sempre o jornalismo sério nos possibilita dar a noção real de tudo que aconteceu nesse episódio”. Disse Ramos sobre o episódio da aprovação do Fundo Eleitoral de bilhões.

”Para mim é um constrangimento em um país que tem 530 mil famílias enlutadas, 15 milhões de desempregados,19 milhões de pessoas passando fome, mais de 800 mil empresários que tiveram de fechar seus negócios por conta da pandemia, o presidente (…) prefere tá artificializando crise e transferindo responsabilidades que são dele, como eu demonstrarei ao longo dessa conversa”, disse Ramos á BBC.

Além disso o vice-presidente afirmou ao DCM em entrevista exclusiva, que há crimes no superpedido de Impeachment de Bolsonaro, apresentado à Câmara dos deputados:

Deputado Marcelo Ramos (PL-AM): Acho que alguns tópicos efetivamente não configuram crime, mas outros, como ameaçar a realização de eleições, participar de eventos cujo objetivo é o fechamento do Supremo Tribunal Federal e da Câmara dos Deputados, tangenciam crime de responsabilidade. Ainda vou ler com mais profundidade, mas essa é minha impressão inicial.”


Para Ramos, não há clima ou votos para impeachment no momento, mas a temperatura “vai esquentando”. Nas últimas semanas, cresceu o desgaste de Bolsonaro devido a denúncias de possíveis esquemas de corrupção na aquisição de vacinas .

Ao DCM , Ramos também declarou:

Se nessa leitura com mais profundidade o senhor concluir que algum dos pedidos de impeachment tem fundamento, qual será a sua atitude?

Se eu me convencer que existe crime de responsabilidade, vou fazer uma manifestação pública de que sou favorável ao impeachment. E vou trabalhar no convencimento do presidente Arthur Lira (PP-AL) e do conjunto de deputados. É o meu limite na condição de vice-presidente.

Agora, se em algum momento eu assumir interinamente a presidência [da Câmara], vou ter que fazer dois outros julgamentos. O primeiro seria o julgamento jurídico/legal se alguém na interinidade pode receber o processo de impeachment. E o segundo, um julgamento de conveniência política, sobre se é cabível um presidente interino receber o pedido.

Vou tratar com muita serenidade. Impeachment não é tema que se trate com açodamento ou por vingança. É irresponsabilidade negar sem apreciar tanto quanto receber sem as devidas cautelas.

Com informações do DCM

   

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