Moro evita responder e falar sobre escândalo envolvendo os Bolsonaro
O ex-juiz e futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, saiu pela tangente nesta segunda-feira (10) ao ser questionado sobre o escândalo das transações suspeitas do ex-assessor Fabricio de Queiroz, que envolvem o filho e a esposas do presidente eleito, Jair Bolsonaro; Moro disse que sua pasta não deve interferir em casos concretos. “Eu, na verdade, fui nomeado ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinando sobre casos concretos é inapropriado. Então, esses fatos têm de ser esclarecidos”, afirmou Moro
247 – O ex-juiz e futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, saiu pela tangente nesta segunda-feira (10) ao ser questionado sobre o escândalo das transações suspeitas do ex-assessor Fabricio de Queiroz, que envolvem o filho e a esposas do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Leia também:
- Futuro Ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro é réu por improbidade administrativa
- Empresário suplente de Flávio Bolsonaro é suspeito de ocultar patrimônio milionário
- Ator da Globo defende Lula no Faustão
- “Já me resolvi com Deus” diz Onyx sobre investigação por caixa 2
- Escândalo de dinheiro suspeito chega a ex-assessora de Bolsonaro
- Relatório do COAF cita mulher de Bolsonaro, como uma das beneficiárias de dinheiro suspeito
Moro disse que sua pasta não deve interferir em casos concretos. “Eu, na verdade, fui nomeado ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinando sobre casos concretos é inapropriado. Então, esses fatos têm de ser esclarecidos”, afirmou Moro.
“O presidente [Bolsonaro] já apresentou alguns esclarecimentos. Tem outras pessoas que precisam prestar seus esclarecimentos e os fatos esclarecidos, se não forem esclarecidos, têm de ser apurados. Mas eu não tenho como ficar assumindo esse papel. O ministro da Justiça não é uma pessoa para ficar interferindo em casos concretos”, declarou.
Ligado ao Ministério da Fazenda, o Coaf é o órgão responsável por monitorar e receber informações dos bancos sobre transações suspeitas ou atípicas. Pela lei, os bancos devem informar qualquer transação que não siga o padrão do cliente.
Na reestruturação de ministérios planejada pela equipe de transição, o Coaf deverá passar a integrar o Ministério da Justiça. Na avaliação de Moro, o órgão estava “em boas mãos”, mas sofreu “certa desidratação” por falta de verbas e recursos humanos.
A intenção com a transferência do Coaf para a Justiça, disse, é reforçá-lo com quadros funcionais da pasta e deixá-lo mais próximo a operações de combate à corrupção.
Vídeos relacionados: