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Para “delatar” Lula, Palloci leva anotações a depoimento

Depoimento Antonio Palocci na Justiça Federal nesta segunda-feira 18, referente a uma ação contra Lula sobre a compra dos caças suecos no governo Dilma Rousseff, nasceu de outro depoimento, de junho de 2018, quando o ex-ministro chegou com anotações em uma folha que seus advogados pediram para que fosse escondida da filmagem; Palocci já havia dito à época que não entendia nada de caças; mesmo assim, o MP o incluiu como testemunha de acusação meses depois do fim dos depoimentos das testemunhas de defesa e acusação; hoje, mais uma vez ele não apresentou provas e declarou ter “ouvido falar de propinas entre os ex-presidentes Lula e Sarkozy na compra de submarinos, helicópteros e caças da França”

247 – Um texto publicado no site do ex-presidente Lula nesta segunda-feira 18 revela um bastidor do depoimento do ex-ministro Antonio Palocci, que fez hoje mais uma denúncia sem provas contra o ex-presidente Lula, e esclarece por que Palocci depõe na Justiça Federal sobre um caso – ação contra Lula sobre a compra dos caças suecos no governo Dilma Rousseff – que ele já disse no passado não entender nada.

O depoimento de Palocci desta segunda nasceu de outro depoimento, de junho de 2018, quando o ex-ministro chegou com anotações em uma folha que seus advogados pediram para que fosse escondida da câmera que filmava o depoimento no local. Palocci já havia dito à época que não entendia nada de caças. Mas chegou com a seguinte anotação no papel: “Lula – caças, submarinos e helicópteros”. Depois disso, o MP o incluiu como testemunha de acusação meses depois do fim dos depoimentos das testemunhas de defesa e acusação.

Hoje, Palocci declarou ter “ouvido falar de propinas entre os ex-presidentes Lula e Sarkozy na compra de submarinos, helicópteros e caças da França”. Mais uma vez, sem provas.

Confira o relato publicado no site do ex-presidente Lula:

Palocci chegou em depoimento com anotações que o MP pediu para esconder da câmara – Veja o vídeo

Antonio Palocci depôs hoje na Justiça Federal em uma ação contra Lula sobre a compra dos caças suecos no governo Dilma Roussef.

Palocci foi incluído pelos procuradores como testemunha de acusação meses depois do fim dos depoimentos das testemunhas de defesa e da acusação. O incrível é entender porque tanto esforço dos procuradores em ouvi-lo, se ao depor hoje Palocci disse não saber nada dos caças suecos como registra matéria da CBN. O que Palocci teve foi palco para fazer mais acusações sem nenhuma prova -alguma gravação, algum depósito, algum registro, alguma prova, qualquer uma que justifique seu acordo de delação premiada.

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O que fica mais estranho é que o depoimento de hoje nasceu de outro no dia 26 de junho de 2018, quando Palocci depôs aos procuradores de Brasília da Operação Greenfield sobre fundos de pensão, com um papel de anotações onde se lia “Lula – caças, submarinos e helicópteros”. Ele já chega com essa anotação no depoimento antes de qualquer pergunta dos procuradores que marcaram o interrogatório sobre outro assunto. Depois desse depoimento, o MP insistiu para ele ser ouvido nessa ação sobre os caças suecos, onde ele faz novas acusações, sem provas ou relação com audiência: disse que tinha ouvido falar de propinas entre os ex-presidentes Lula e Sarkozy na compra de submarinos, helicópteros e caças (que no final não aconteceu) da França. De novo, sem provas ou maiores detalhes.

Palocci, que tem como advogado um dos “reis da delação” de Curitiba, Adriano Bretas, já chegou no depoimento dos procuradores em junho de 2018 com o script das acusações anotado em papel, acertadas sabe-se lá com quem. Os procuradores se incomodam ao perceber que a câmera registra as anotações e pedem para que ele esconda a folha com as anotações para a câmera (veja o vídeo).

ASSISTA O VÍDEO:

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