Ministério Público aponta que Queiroz não negociava carros
Para justificar o pedido de quebra de sigilos fiscal e bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e do ex-assessor dele Fabrício Queiroz — que deve ser encaminhado à Justiça em breve pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), conforme antecipou ontem o colunista Lauro Jardim —, os promotores do caso devem utilizar como argumento o fato de que, até agora, não encontraram evidências de que a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz se deve a compra e venda de carros e outros negócios informais, como argumenta a defesa.
Duas frentes, nas áreas cível e criminal, investigam no MP do Rio os negócios de Queiroz. Em entrevista ao SBT, no final do ano passado, o ex-assessor afirmou que era “um cara de negócios” e que comprava e revendia carros. (…)
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Para fundamentar um pedido de quebra de sigilo financeiro e fiscal do ex-assessor de Flávio, os promotores dedicam-se nos últimos meses uma investigação prévia. (…)
Além disso, em fevereiro, ao prestar esclarecimentos por escrito ao MP, Queiroz não detalhou essas supostas compras e vendas de carros e admitiu que pegava parte dos salários de outros funcionários do gabinete e gerenciava esses valores para supostamente contratar mais pessoas que trabalhariam fora da Assembleia Legislativa do Rio quando Flávio era deputado. No documento, Queiroz disse que “com a remuneração de apenas um assessor parlamentar conseguia designar alguns outros assessores para exercer a mesma função, expandindo a atuação parlamentar do deputado”. Ele se comprometeu a entregar a lista desses outros funcionários, mas não o fez até o momento. (…)