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Ministro de Bolsonaro admite compra de votos para aprovar reforma da Previdência

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a liberação de emendas orçamentárias de sua pasta para parlamentares foi um esforço do governo com o objetivo de aprovar o fim da Previdência Social; a declaração joga por terra o discurso adotado por Jair Bolsonaro na campanha de que acabaria com o chamado “toma lá dá cá” na política



247 – O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ao site Jota que a liberação de emendas orçamentárias de sua pasta para os parlamentares foi um esforço para a aprovação do fim da Previdência Social. A declaração do ministro, em plenário da Câmara nesta terça-feira (9), joga por terra o discurso adotado por Bolsonaro na campanha eleitoral de que iria acabar com o chamado “toma lá dá cá” na política. O governo ofereceu a cada parlamentar fiel um lote extra de R$ 20 milhões de emendas (em um total de mais de R$ 3 bilhões).

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O Executivo também acelerou o empenho – registro oficial de que pretende executar aquele gasto – das emendas ordinárias, segundo mostrou a coluna Painel nesta terça. Foi liberada uma cifra de quase R$ 1 bilhão na véspera da votação, tudo relacionado à pasta da Saúde.




Parlamentares da Bancada do PT na Câmara dos Deputados protocolaram na Procuradoria-Geral da República uma representação pedindo investigação do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) pela compra de votos.

Trata-se de um “grave abuso do poder político e financeiro, às custas do Erário, devendo ser obstado imediatamente para que o próprio sistema democrático e a lisura do pleito não sejam antecipadamente” comprometidos”, diz a peça enviada à procuradora-geral Raquel Dodge. “Trata-se de um comportamento imoral, ilegal e inconstitucional”, afirmam os deputados.

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