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Privatizações, aposentadorias privadas: o que leva o Chile a grandes protestos

Aposentadorias baixas, desigualdade que explode, privatizações, ao contrário do que dizem as “milícias digitais” da direita brasileira, culpando o “Foro de São Paulo”, a insatisfação do povo chileno que teve como início o aumento da tarifa de metrô e que acabou levando o descontentamento da sociedade chilena para outras áreas, de serviços públicos a sistema de previdência.  Alguns manifestantes optaram por aproveitar o caos dos protestos, para promover saques e os “quebra quebras”, razão que levou o presidente do país Sebastián Piñera a suspender o aumento das tarifas de transporte e colocar milhares de militares nas ruas.

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Apesar do crescimento da economia chilena, ter sido melhor que a média latino-americana, com o sistema de aposentadoria vigente no Chile, maior parte da população chilena aposentada sobrevive com menos de um salário mínimo no país, entre outros dados, o fato de apenas 11% dos estudantes mais pobres chegarem a universidade, o alto custo de vida é uma das razões que fizeram com que outros segmentos sociais, além de estudantes viessem a aderir aos protestos, com altas taxas de endividamento da população chilena.



“O preço da passagem foi a gota que transbordou o copo. Estamos lutando por salários dignos, saúde de qualidade, que não aumentem os serviços de abastecimento, que não nos tirem nossas economias, que não manipulem os anos de trabalho dos nossos pais e avós”, disse Francisca Pino, uma  jovem manifestantes entre centenas nos dois principais focos de protestos, Plaza Italia e Plaza Ñuñoa, em reportagem publicada pelo Jornal GGN.

FOTO: AFP

                              Foto: AFP

Para a aposentada Adelina, “não é só a passagem, é a nossa velhice que está em jogo, são as AFPs [sistema capitalizado de previdência], o aumento das contas, da luz dependente da dolarização, são tantas coisas”. “As lutas começaram pelo preço das passagens, mas agrandaram pela repressão. A luta contra a repressão é uma das consignas mais sentidas pelos estudantes e pela juventude, porque revisa a memória dos nossos pais e nossos avós na luta contra a ditadura. Por isso é uma juventude que não se deixa reprimir”, resumiu o manifestante Mário Olguin.




Veja um breve resumo do porque protestam no Chile:

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Com informações do Jornal GGN

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