Pandora Papers revela offshore milionária de Luciano Hang de US$ 112 milhões em 2018
04/10/2021
Enquanto o brasileiro passa fome, a nata da sua sociedade, mancomunada com Bolsonaro e seu governo, estão todos com contas e offshores em paraísos fiscais e sem declara-los ás autoridades. O empresário bolsonarista Luciano Hang, por exemplo tem offshore não declarada que valia US$ 112 milhões em 2018.
O empresário bolsonarista, Luciano Hang, não informou ás autoridades brasileiras sobre offshores e dinheiro em paraísos fiscais, de acordo com revelações do Pandora Papers eram cerca de US$ 112 milhões só em 2018.
Criada em 1999 nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe, a offshore só foi regularizada em 2016. Foi o que apontaram documentos no projeto Pandora Papers, do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês). Dois anos após ser regularizada, a empresa de Hang, chamada Abigail Worldwide, tinha em conta US$ 112,6 milhões – R$ 604 milhões na cotação atual do dólar. A informação foi publicada pelo site Poder 360.
O valor da conta apareceu em um documento do banco suíço EFG Bank encaminhado ao empresário em 16 de outubro de 2018. Apesar de Hang ter legalizado a offshore perante a Receita Federal em 2016, o empresário apresentou a Abigail ao mercado brasileiro somente em agosto de 2020, quando a Havan lançou um plano para colocar ações na Bolsa de Valores.
A série Pandora Papers é o resultado de uma investigação de 11 meses da qual participaram 615 jornalistas de 149 veículos em 117 países. No Brasil, fazem parte da apuração jornalistas do Poder360, da revista Piauí, da Agência Pública e do site Metrópoles.
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De acordo com o que falou Luciano Hang ao site Poder 360, ele manteria esse dinheiro no exterior, por motivos cambiais. Segundo o empresário bolsonarista, como ele trabalha com importação, o dinheiro no exterior serve segundo ele, para proteger de variações cambiais do dólar frente ao real.
Dos US$ 112,6 milhões que tem na Suíça, US$ 43,4 milhões foram emprestados, mas não se sabe para quem. Dos US$ 69,2 milhões investidos, 97,3% foram aplicados em papéis de empresas dos Estados Unidos como Goodyear, Motorola, AT&T, Verizon e Netflix; da França (Eletricité de France), da Suíça (UBS e Credit Suisse); da Inglaterra (Barclays e Lloyds); da Índia (Jaguar e Land Rover), entre outros.
O empresário disse ver um “claro objetivo da construção de uma narrativa que visa desconsiderar tudo que a Havan investe no Brasil, contribuindo nestes 35 anos com milhares de empregos diretos e indiretos, bilhões em investimentos, pagamentos de impostos etc.”, afirmou em e-mail encaminhado pela sua assessoria.
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