_28/03/2022

Jair Bolsonaro teria visto que a ação para censurar o evento Lollapalooza, resultou em um tremendo tiro no pé, com manifestação de artistas por todo Brasil e virando notícia internacional, fazendo com que o festival viralizasse e se engajasse contra Bolsonaro.

De acordo com informações da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, Jair Bolsonaro (PL), ligou para Valdemar Costa Neto, líder do PL, pedindo para a ação contra o Lollapalooza no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fosse retirada.

Bolsonaro teria ficado irritado com a repercussão da ação contra o festival, que acabou engajando ainda mais os artistas e a platéia contra Bolsonaro e ganhando repercussão nas redes sociais e na mídia.

Costa Neto afirmou que a ideia foi do setor jurídico da agremiação e que encaminhará o pedido do presidente. De acordo com um dos integrantes da equipe de Bolsonaro, o chefe de governo não foi sequer consultado. 

Segundo um ministro próximo de Bolsonaro, o chefe de campanha não poderia mais sustentar o discurso de liberdade de expressão total caso apoiasse a proibição de manifestações de artistas ao governo.

O pedido foi feito ao TSE, logo após a cantora Pablo Vittar, balançar uma bandeira com a imagem do ex-presidente Lula em tom de campanha eleitoral. Outra artista, Marina _ a frente da banda Marina and the Diamonds, xingou Jair Bolsonaro e o presidente russo, Vladimir Putin.

Outros artistas, como o rapper Djonga, incendiou o público a xingar Bolsonaro e outros artistas foram na mesma direção, batendo pesado na censura contra o festival e contra os artistas.

O tiro saiu pela culatra: a tentativa do @TSEjusbr de desencadear uma censura no Brasil só animou o público para mandar um alô pra Anitta pic.twitter.com/JHqdMAwrRW

— George Marques 🇧🇷 (@GeorgMarques) March 27, 2022

O efeito político da censura contra os artistas, fez o engajamento político deles aumentar e a repercussão negativa do ato, ganhar visibilidade internacional.

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