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Governo Bolsonaro deixou vencer 39 milhões de doses de vacina contra Covid

14/03/2023

Um prejuízo na casa dos R$ 2 bilhões de reais, revelado nessa terça-feira (14), o ex-Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que os secretários seriam os responsáveis pelos estoques.

O escândalo das doses de vacina que foram perdidas no governo Bolsonaro, quase 40 milhões de doses, prejuízo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.

Um mínimo de 38,9 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, avaliadas em cerca de R$ 2 bilhões, foram perdidas pelo Ministério da Saúde. Pouco mais de 2 milhões de unidades foram descartadas e 31 milhões serão queimadas.

Outros 5,9 milhões ainda não tem destino certo. O ministro da Saúde de Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Queiroga, afirmou que seus secretários estavam encarregados de manter o controle dos estoques. Essa foi a explicação do responsável pela saúde no antigo desgoverno.

“As vacinas foram adquiridas em função da população brasileira, como sabemos, a adesão às vacinas diminuiu depois do controle sanitário da doença em todo o mundo. Pelo que fui informado, a maior parte das vacinas vencidas são da Fiocruz”, disse Queiroga, de acordo com a Folha de São Paulo, que denunciou o caso nessa terça-feira (14).

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Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde foram alguns dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid que as autoridades emitiram dois e 79 indiciamentos em 2021.

Segundo Ethel Maciel, secretária de saúde e segurança ambiental da pasta, o governo Bolsonaro não compartilhou informações sobre estoques com a equipe de transição de Lula (PT). As informações sobre estoques do ministério da saúde, incluindo produtos vencidos, estão sob sigilo desde 2018.

“A gente pegou um governo com estoque de vacinas vencidas e para vencer, enquanto aquelas que precisávamos não tinham estoque. Não havia nem contrato [encomendando as doses] no caso das vacinas pediátricas e bivalentes”, destacou ao jornal Folha de São Paulo, a secretária.

“Se não fosse o negacionismo, essas doses não estariam nos estoques. Se tivesse acontecido um esforço, como estamos fazendo agora, com campanhas educativas, alinhamento com gestores municipais e estaduais, essas vacinas não teriam vencido”, concluiu Ethel.

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