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Sob Bolsonaro fraudes no INSS somaram R$ 2,1 bilhões

18/05/2025

Diretores do INSS nomeados por Jair Bolsonaro aprovaram grandes descontos nas aposentadorias, que somaram descontos bilionários. Esquema foi denunciado desde 2020, servidores foram ameaçados até de morte a época, mas só começou a ser investigado em 2024 sob o governo Lula.

A coluna de Fabio Serapião, do Metrópoles, examinou como as sucessivas administrações do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) favoreceram entidades que tinham permissão para deduzir valores diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas, através de acordos estabelecidos a partir de 2019 com Bolsonaro.

A avaliação dos dados explica como ocorreu esse movimento das entidades em busca de parcerias com o INSS e como as entidades estabelecidas durante a gestão de Jair Bolsonaro fizeram o número de descontos crescer exponencialmente desde o período Lula.

A matéria mostra ainda que sob o governo Bolsonaro, essas entidades fizeram o maior desconto nas aposentadorias dos brasileiros.

Ao todo, 30 entidades foram contempladas com convênios durante os dois governos: 12 sob Bolsonaro, que resultaram em descontos de R$ 2,1 bilhões; e 18 durante a gestão de Lula, com impacto bem menor – R$ 235 milhões.

A investigação da Polícia Federal indica que muitas dessas entidades não tinham estrutura para fornecer os serviços anunciados e, em algumas situações, destinaram recursos a operadores sob suspeita de corrupção, como o careca do INSS, liberado durante governo Bolsonaro.

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Houve uma explosão de acordos/convênios no governo Bolsonaro – A expansão notável dos acordos começou durante a administração de José Carlos Oliveira na Diretoria de Benefícios do INSS, em 2021, indicado por Bolsonaro. Oliveira, intimamente associado a Jair Bolsonaro, também ocupou os cargos de presidente do INSS e ministro da Previdência no governo Bolsonaro. Ele celebrou três acordos com organizações que movimentaram aproximadamente R$ 695 milhões: a ABRAPPS (R$ 2 milhões), a AMBEC (R$ 500 milhões) e a AAPB (R$ 191 milhões).

A AMBEC é apontada pela Polícia Federal como responsável pelo envio de R$ 11,9 milhões a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. 

Nos anos do governo Bolsonaro, ao menos quatro diretores de Benefícios passaram pelo INSS. Juntos, eles assinaram convênios com 12 entidades que efetuaram descontos no valor total de R$ 2,1 bilhões.

Depois de Oliveira, Sebastião Faustino de Paula assumiu a Diretoria de Benefícios, indicado por Bolsonaro tambem, assinando acordos com quatro entidades: CAAP (R$ 251 milhões), UNIVERSO (R$ 225 milhões), UNASPUB (R$ 267 milhões) e CINAAP (R$ 14 milhões). A Unaspub obteve a maior receita durante sua administração e também está sob investigação por transferências para o “careca do INSS”.

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