Alto Comando do Exército se reuniu para analisar decisão que pode soltar Lula

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O Alto Comando do Exército se reuniu em videoconferência nesta quarta-feira (19) para discutir as possíveis consequências da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello que pode libertar condenados na segunda instância da Justiça e beneficiar, entre outros presos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um oficial ligado ao Alto Comando disse ao UOL que a reunião não tem caráter reativo, mas sim proativo. Ou seja, o Exército discute possíveis cenários que podem ser gerados no país pela decisão – inclusive eventuais manifestações ou distúrbios populares.
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As Forças Armadas são responsáveis por manter a ordem e o funcionamento das instituições no país, mas precisam ser acionadas por um dos poderes, Executivo, Legislativo ou Judiciário – o que não aconteceu. Contudo, é prática comum que planos para diversas hipóteses de cenários sejam traçados de antemão.
O Alto Comando é um colegiado de 15 generais subordinados ao comandante Eduardo Villas Boas. Parte deles fica em Brasília e parte nas principais unidades militares espalhadas pelo país, os comandos de área.
Dois generais ligados à cúpula do Exército disseram ao UOL que o momento atual é de “observação”. Ou seja, eles acreditam que a medida pode ser derrubada ainda nesta quarta-feira ou durante o plantão do Judiciário pelos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux.
No dia 4 de abril, quando o STF julgou e negou pedido de habeas corpus preventivo de Lula – ele seria preso três dias depois-, o Alto Comando se reuniu de forma semelhante para acompanhar o resultado. Um dia antes, o comandante Eduardo Villas Boas publicou em sua conta no Twitter uma nota de repúdio à impunidade.
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