em Política

Bolsonaro é delatado por ex-funcionário da Presidência

13/04/2023

De acordo com relato de ex-funcionário da presidência, Bolsonaro teve participação direta em tentativa de reaver as joias sauditas. Negando o que Bolsonaro afirmou em depoimento a Polícia Federal, veja detalhes do caso.

O ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência (GADH), Marcelo da Silva Vieira, afirmou em declaração à Polícia Federal que Jair Bolsonaro (PL) participou de reunião em que seu então comandante, tenente-coronel Mauro Cid, sugeriu que ele lançasse uma operação para liberar um esconderijo de presentes da família real saudita que havia sido levado pela Federal (SP) no Aeroporto de Guarulhos.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, no G1, Vieira, “contou que, em dezembro de 2022, Cid pediu para ele assinar um ofício que seria enviado à Receita para, nas palavras dele, solicitar a incorporação dos bens apreendidos pela presidência. Depois da negativa, os dois falaram ao telefone sobre o assunto – Vieira disse à PF não se lembrar quem fez a ligação. Num determinado momento, segundo o funcionário contou à PF, ‘Mauro Cid colocou a ligação no modo viva-voz e pediu ao declarante para que explicasse ao Presidente da República essa situação e por que não poderia assinar’”.

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Isso contradiz depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal, que o mesmo prestou no dia 5 de abril. De acordo com Bolsonaro, em seu depoimento, ele só teria tomado conhecimento das joias, um ano depois, em dezembro de 2022.

O conjunto das joias foram avaliadas em R$ 16,5 milhões.

Outros dois estojos, porém, foram introduzidos ilegalmente no Brasil e acabaram incorporados a seu acervo pessoal. Os objetos, contudo, foram devolvidos após o caso ganhar repercussão e o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que eles fossem entregues.

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