Bolsonaro escondeu joias e diamantes em fazenda de Nelson Piquet
28/03/2023
Jair Bolsonaro (PL) guardou conjunto de joias, diamantes e presentes dados pela Coroa Saudita em fazenda de Nelson Piquet, ex-piloto de fórmula 1. Esse é o terceiro conjunto de joias, dados pela coroa saudita dado ao ex-presidente e a ex-primeira dama.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Jair Bolsonaro guardou os presentes que recebeu ao longo de sua gestão, como brincos de diamantes que queria guardar como bens pessoais, em uma fazenda do ex-Fórmula 1 Nelson Piquet.
A fazenda fica no Lago Sul em Brasília. O Tribunal de Contas da União está questionando Bolsonaro sobre os presentes que recebeu, que incluíam presentes e armas que o ex-presidente tentou fazer parte se seu acervo pessoal e patrimônio privado.
Somente itens de alto valor foram encaminhados à propriedade de Piquet e tratados como bens pessoais de Bolsonaro. Os bens valiosos saíram pelas garagens privativas dos Palácios do Planalto e Alvorada.
O primeiro pedido de entrega das caixas, segundo o jornal, foi feito no dia 7 de dezembro de 2022, mas devido a um atraso, elas só saíram do Palácio no dia 20 de dezembro, pouco antes do término do mandato de Bolsonaro.
Quando Jair Bolsonaro deixou o cargo no final de 2022, carregava um terceiro pacote de regalias do governo da Arábia Saudita. Entre outras joias, a sala tinha um relógio Rolex feito de ouro negro incrustado de diamantes.
O relógio Rolex pode ser adquirido online por R$ 364 mil. Quando comparados a peças semelhantes, os demais itens somam no mínimo R$ 200 mils. Isso significa que o valor estimado da terceira caixa de presente é superior a US$ 500 mil, no mínimo.
Este conjunto de jóias foi recebido em mãos pelo próprio Bolsonaro quando esteve com sua comitiva em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 10 de outubro de 2019.
Em público, para enganar otários e agradar cúmplices, Bolsonaro aparecia com relógio de 240 reais. Em casa, tinha o Rolex de R$ 364 mil, presente (ou propina?) dos árabes. No governo dele, fundo árabe ficou com a primeira refinaria brasileira, pela metade do preço. pic.twitter.com/tm7HEHJWJX
— Joaquim de Carvalho (@joaquimmonstrao) March 28, 2023