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Bolsonaro suspende radares em rodovias e mortes devem aumentar

Jair Bolsonaro determinou a suspensão do uso de radares de fiscalização de velocidade móveis em rodovias federais. A ordem foi dada ao Ministério da Justiça, chefiado por Sérgio Moro e responsável pela PRF. A iniciativa pode prejudicar o pacto firmado pelo brasil com a ONU no âmbito da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, de reduzir em 50% os acidentes de trânsito entre os anos de 2011 a 2020

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247 – Jair Bolsonaro determinou a suspensão do uso de radares de fiscalização de velocidade móveis em rodovias federais. A ordem foi publicada nesta quinta-feira (15) no “Diário Oficial da União”, e foi dada ao Ministério da Justiça, responsável pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Não está especificado quando a medida entra em vigor. A iniciativa do ocupante do Planalto pode prejudicar o pacto firmado pelo brasil com a Organização das Nações Unidas (ONU) no âmbito da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, de reduzir em 50% os acidentes de trânsito entre 2011 e 2020.



Nesta quarta-feira (14), Bolsonaro classificou os pardais — como são conhecidos os radares — de “assaltantes”. Dois dias antes, ao chegar no Palácio da Alvadora, ele afirmou que os radares serão suspensos “até que haja um entendimento para que se convença a população que deve ser utilizado”.

“O sentimento de todos com quem tenho conversado, em especial os caminhoneiros, é que funciona como uma pegadinha em muitos casos. A partir de segunda-feira (a suspensão dos radares móveis)”, complementou.




Em 52 mil quilômetros de vias administradas pela União, o sistema de fiscalização eletrônica encolheu de 5,5 mil pontos ativos, em julho de 2018, para cerca de 440 até março deste ano.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, publicada em abril deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) reforçou que a presença dos radares contribuiu para redução de 24,7% na quantidade de mortes nas vias federais entre 2010, quando o governo implantou o Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade, e 2016. O número caiu de 7.083 para 5.333 óbitos no período.

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