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Bolsonaro trai caminhoneiros com aumento do Diesel e risco de greve é real

Revista Fórum

O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) traiu os caminhoneiros e aumentou o preço do diesel. A Petrobras informou em seu site, na noite desta sexta-feira (4), aumento de 2,56% no preço do combustível nas refinarias. O aumento repercutiu imediatamente no grupo de WhatsApp do Comando Nacional do Transporte e a possibilidade de uma greve semelhante à de 2018 passou a ser real.



Em meados de abril, Bolsonaro chegou a vetar novo aumento, mas dessa vez cedeu a Paulo Guedes e à ala financista do governo e deu as costas à categoria que o apoiou.

Com isso, o valor cobrado às refinarias, sem impostos, passará dos atuais R$ 2,2470 para R$ 2,3047. É um aumento médio de R$ 0,0577. Os novos preços começam a valer a partir do primeiro minuto deste sábado.

Greve

De acordo com informações do Correio Braziliense, a ameaça de greve dos caminhoneiros voltou após o anúncio do aumento do óleo diesel, anunciado ontem pela Petrobras. A indignação da categoria não é só contra a estatal, mas também por causa de medidas não cumpridas pelo governo. Representantes de transportadores autônomos admitem que, no conjunto da obra, ficou mais difícil controlar o clamor por uma paralisação nacional.




O aumento repercutiu imediatamente no grupo de WhatsApp do Comando Nacional do Transporte, o principal canal de comunicação em que líderes dialogam sobre pautas da categoria.

O jornal informa ainda que a maioria dos autônomos cogita unir forças com outra parcela da categoria, capitaneada por Wanderlei Alves, o Dedéco, que havia incitado uma greve para 29 de abril, mas abortou a ideia depois de ser atendido pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

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A reunião de Dedéco com o governo, em 22 de abril, ampliou um distanciamento que existia dentro da categoria. O autônomo, que representa alguns transportadores na Região Sul, sobretudo no Paraná, se alinhou aos sindicatos, representados pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). A proximidade enfureceu uma parcela maior de lideranças que não se sentem representadas pela entidade. A revolta contra o Estado, no entanto, pode unir a classe, admite Ivar Schmidt, líder do Comando Nacional do Transporte.

Caso essa união aconteça, a greve seria muito semelhante à de 2018. “Somos representantes de um setor que depende diretamente de uma economia que parou. Não tem mais carga para transportar. E isso vai criando um clima bélico que está por um fio para explodir com a falta de pautas atendidas”, analisou Schmidt. A classe cobra, sobretudo, as fiscalizações da jornada de trabalho e do piso mínimo de frete.

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