em Política

Doleiro confessa crimes do qual foi absolvido por juíza da Lava Jato

31/08/2020

Do UOL:

O doleiro Dario Messer confessou em sua delação premiada ter cometido crimes pelos quais ele foi absolvido em 2016, a pedido do MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná), num julgamento realizado na vara criminal dos processos da operação Lava Jato, em Curitiba. Conhecido como o “doleiro dos doleiros”, Messer admitiu em depoimento prestado à Lava Jato do Rio de Janeiro que realizou operações ilegais de câmbio e de envio de recursos ao exterior usando uma conta no MTB Bank, de Nova York, em nome de uma empresa chamada Depolo. Disse também que operava em sociedade com Clark Setton, outro doleiro.




Messer falou a membros da Lava Jato do Rio no dia 18 de junho, via videoconferência. O depoimento fez parte das tratativas do acordo de colaboração premiada fechada com o doleiro no último dia 12. O MPF-RJ havia denunciado Messer em 2009 por transações envolvendo a “conta Depolo”, entre outras, mas o caso foi remetido ao MPF-PR por pedido do advogado do doleiro à época, Antonio Figueiredo Basto.

No depoimento prestado agora em junho, Messer também informou que seu sócio Setton chegou a fechar um acordo de delação premiada com procuradores do MPF-PR que trabalhavam no caso Banestado em 2005. O doleiro disse não ter sido citado em depoimentos de Setton. Declarou ainda que, mesmo delator, seu sócio permaneceu recebendo lucros de operações de câmbio ilícitas realizadas a partir do Uruguai até 2010.(…)




Com a transferência da denúncia sobre evasão de divisas ao Paraná, o MPF-PR assumiu o caso. Em agosto de 2015, o procurador da República Alexandre Nardes recomendou a absolvição de Messer e Setton por considerar que o processo não continha provas suficientes para condená-los. Um ano depois, a juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, absolveu Messer, acolhendo assim a sugestão do MPF-PR. A magistrada também atua em processos da operação Lava Jato. Procurada para comentar sua decisão de 2016, a juíza não se pronunciou..

(…)

.x.x.x.x.

PS: O Ministério Público Federal tinha dois líderes nessa época, os mais experientes, que mais tarde se tornariam orientadores de Deltan Dallagnol: Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo, que são muito amigos.
 

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Em mensagem trocada com a namorada, Messer contou que pagava propina para Paludo. A denúncia, confirmada na delação, estranhamento foi arquivada pelo Ministério Público Federal.




O advogado de Messer era Antônio Figueiredo Basto, que está sendo processado por não declarar conta na Suíça.

Basto era chamado de o rei da delação na Vara de Moro.

Entre outros, representou o doleiro Alberto Youssef nas duas colaborações perante Moro.

Segundo doleiros ligados a Messer, Basto recebia para que eles fossem blindados no sistema da justiça federal em Curitiba.

Fica cada vez mais evidente que a Lava Jato nasceu de um lodaçal que envolve agentes públicos, que até hoje são blindados.

Se a lei é para todos, eles têm que responder por essas suspeitas.

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