_18/07/2024

Informações exclusivas obtidas pelo biógrafo do presidente Lula, mostram como os EUA espionavam Lula e o viam como ”ameaça”. Maior parte desses documentos foram produzidos pela CIA, agência de inteligência norte-americana.

Fernando Morais, biógrafo do presidente Lula (PT), revelou que vários órgãos do governo dos Estados Unidos rastrearam o presidente Lula por mais de cinco décadas, produzindo 819 documentos e 3.300 páginas de registros. As informações foram coletadas por meio de pedidos protocolados em 2019, de acordo com a Folha de S. Paulo, inclui os anos de 1966 a 2019. A CIA criou a maioria dos documentos, que contêm 613 registros, totalizando 2.000 páginas.

Os EUA queriam acompanhar de perto, as movimentações políticas de Lula, além de que também monitoram as atividades de Lula em relação ao Oriente Médio e Ásia, os blocos de poder geopolíticos que antagonizam com os EUA.

Os documentos incluem informações sobre as interações de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), qyue hoje preside o Banco dos BRICS, autoridades do Oriente Médio e da China, bem como planos militares do Brasil e a produção da Petrobras, entre outras coisas. Os registros abrangem o período de Lula no movimento sindical até sua prisão em 2018.

O acervo reúne muitas informações sobre Lula, mostrando que o governo norte-americano esteve de perto monitorando Lula.

Ao utilizar a Lei de Acesso à Informação dos Estados Unidos – Freedom of Information Act (FOIA), Morais contou com a ajuda do escritório de advocacia Pogust Goodhead para solicitar informações a todas as agências dos Estados Unidos.

Morais pretende lançar o segundo volume da biografia do presidente Lula e incluir os documentos e informações sobre o monitoramento do governo norte-americano.

Fernando Morais disse estar ciente de que o governo dos EUA pode vetar trechos que considera arriscados para a segurança do Estado. “Sabemos que o governo norte-americano analisou de perto o cenário político brasileiro nas últimas décadas, e o Lula é um dos personagens mais marcantes e importantes da história da América Latina”, declarou Morais.

As informações no próximo volume da biografia de Lula, devem trazer a tona mais elementos da interferência e ingerência norte-americana na política latino americana.

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