em Política

General Braga Neto indicou a cargo um dos envolvidos na morte de Marielle

24/03/2024

Um dos suspeitos de ser mandante do assassinato de Marielle Franco e que foi preso nesse domingo (24), Rivaldo Barbosa, foi indicado ao comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro pelo General Braga Neto, que integrou o núcleo duro do governo Bolsonaro.

O Brasil acordou nesse domingo (24) surpreso com a prisão dos suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Entre eles membros da família Brazão, que apoiaram Bolsonaro nas últimas eleições e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.

Rivaldo foi indicado ao cargo dias antes da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

Na época, a área de segurança pública do Estado estava sob intervenção federal, e Barbosa foi nomeado pelo interventor, Walter Braga Netto. Que a partir de 2019, com a vitória de Bolsonaro, integrou o governo Bolsonaro como Ministro da Casa Civil.

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A Polícia Federal deflagrou operação nesse domingo (24), para prender os mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL), que são o deputado federal Domingos Brazão, o Conselheiro  do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa.

De acordo com investigadores, Rivaldo Barbosa teria garantido aos irmãos Brazão que haveria impunidade pelo caso. Como chefe da Polícia Civil, foi ele quem indicou o delegado que ficaria responsável pelas investigações: Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídio à época.

Além disso, um delegado da Polícia Federal teria alertado General Braga Neto sobre a ligação de Rivaldo Barbosa com as milícias cariocas, contudo Braga Neto indicou mesmo assim bancou a indicação do então chefe da Delegacia de Homicídios para a Secretaria de Polícia Civil em março de 2018. 

O delegado da Polícia Federal, Fábio Galvão, então subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio, foi ignorado e cinco meses depois foi exonerado por Braga Neto.

No caso Marielle, Barbosa é investigado desde 2019 por tentar atrapalhar as investigações e receber propina por isso. No inquérito da Polícia Federal, que ficou conhecido como “a investigação da investigação”, o ex-chefe da Polícia Civil é citado por milicianos por ter recebido dinheiro, enquanto era chefe da divisão de homicídios, para impedir que outros assassinatos no Rio de Janeiro fossem solucionados.

Além disso, a PF identificou que Rivaldo Barbosa teria recebido R$ 400 mil para atrapalhar as investigações do caso Marielle Franco.

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