Jornalista diz que Adriano fez Bolsonaro defender direitos humanos
O jornalista Bernardo Mello Franco diz que o miliciano Adriano da Nóbrega, ligado ao gabinete de Flávio Bolsonaro, fez milagres na postura de Jair Bolsonaro, entre os tais “milagres”, a defesa dos direitos humanos e a crítica a brutalidade policial. Para quem sempre passou a vida repetindo “bandido bom é bandido morto”, como mostrou o jornalista, a mudança de postura, pode sinalizar algo.
O miliciano Adriano da Nóbrega, que tinha mãe e ex-esposa no gabinete de Flávio Bolsonaro, produziu uma verdadeira mudança de postura de Bolsonaro. Para quem afirmava que “bandido bom é bandido morto”, Bolsonaro passou a criticar duramente, a morte do “amigo da família”. Adriano se beneficiava do esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro criticou a operação policial que levou a morte de Adriano da Nóbrega “não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária”. O jornalista Bernardo Mello Franco, em matéria no Globo, lembra que esse mesmo que criticou a operação que matou Adriano, foi o mesmo que elogiou um grupo de extermínio que atuava na Bahia.
Adriano era acusado de chefiar a organização criminosa conhecida como ESCRITÓRIO DO CRIME, grupo de matadore de aluguel, que é suspeito de participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
É perceptível que quanto mais acuado mais violento e agressivo o núcleo familiar do ‘esquema Bolsonaro reage’. Três temas desestabilizam a ‘famiglia’.: Queiroz, Capitão Adriano e Rede de Fake News. Como se investigações avançam nestas três frentes as agressões se tornaram rotina
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 19, 2020
O núcleo familiar/miliciano não percebe que as ameaças e a virulência são reveladora do envolvimento do clã nos esquemas criminosos. Defender Adriano, Queiroz e as Fake News tornou-se decisivo para evitar mais traições e potenciais delatores que surgirão mais dia menos dia
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 19, 2020
O jornalista lembra que a morte de Adriano além de converter Bolsonaro ao pacifismo, também o fez defender a presunção da inocência. Bolsonaro defendeu o ex-capitão do Bope e miliciano afirmando que ele não tem “nenhuma sentença tramitada e julgada”.
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Bolsonaro também disse que Adriano era um herói, quando Flávio Bolsonaro o homenageou com a medalha Tiradentes.
Bolsonaro se mostrou ontem preocupado com o conteúdo dos celulares de Adriano da Nóbrega e pediu uma “perícia independente”… provavelmente uma perícia da PF de Moro.
”Quem fará a perícia nos telefones do Adriano? Poderiam forjar trocas de mensagens e áudios recebidos? Inocentes seriam acusados do crime?”, questionou Bolsonaro.
Fazer Bolsonaro defender direitos humanos, presunção de inocência e criticar até ação policial…. é algo a se pensar….
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