_08/08/2023

Novas mensagens que vieram a tona na CPI dos atos golpistas revelam que Bolsonaro teve ”agendas privadas” com Augusto Aras e Lindôra Araújo, procurador e vice-procuradora geral da PGR (Procuradoria Geral da República).

Augusto Aras, Procurador Geral da República, teve ”agendas privadas” com Jair Bolsonaro, durante o governo Bolsonaro, é o que revelam novas mensagens de e-mails que vieram a tona na CPI dos atos golpistas do 8 de janeiro.

Essas reuniões, registradas por ajudantes de ordens, não foram divulgadas pelo governo nem pelo Ministério Público Federal.

O primeira registro de Bolsonaro com Aras para uma “agenda privada” ocorre no dia 11 de abril. Lindôra havia acabado de aceitar sua promoção ao cargo de número dois de Aras após receber o anúncio uma semana antes. Os e-mails revelam o envolvimento do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho mais velho do presidente e apontado como um dos padrinhos da indicação da subprocuradora.

Uma semana depois do encontro, Lindôra fez uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que não via indícios de crime de Bolsonaro no inquérito que apura atuação de pastores lobistas
na liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).

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Os e-mails apontam ainda que Lindôra teve outra reunião reservada com Bolsonaro em 2 de maio de 2022, entre 19h10 e 19h40, ocasião que contou com a presença de Aras. Três semanas depois, a vice-procuradora-geral fez outra manifestação ao Supremo, negando que Bolsonaro tenha cometido crime de racismo por dizer que homem negro pesava “mais de sete arrobas”.

A terceira reunião registrada por ajudantes de ordens ocorreu no dia 10 de agosto, entre 20h45 e 21h30. Duas semanas depois, no dia 24, Lindôra defendeu o arquivamento de ação contra Bolsonaro no STF. A Corte solicitou o posicionamento da PGR sobre abrir um inquérito para apurar ataques do então presidente ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores.

Com informações de O Globo.

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