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Mídia internacional apoia decisão de Moraes contra X e critica Musk

01/09/2024

Ao contrário do que imaginou o bilionário Elon Musk, atual dono do X, a imprensa internacional não ficou contra o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A imprensa internacional viu como coerente a decisão de Moraes de bloquear o X no Brasil e mostra que outros países também podem faze-lo, pelo X não seguir a legislação dos países. Veja a repercussão:

A mídia internacional apoiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de suspender as operações do X no Brasil devido ao não cumprimento de exigências legais brasileiras por parte de Elon Musk. Diferente do que esperava o bilionário, jornais como The New York Times, The Washington Post, The Guardian e Le Monde falaram da medida e deram legitimidade ás ações de Moraes, frente a Elon Musk e o X.


A suspensão foi atribuída ao descumprimento de Musk das ordens judiciais brasileiras, de acordo com o The New York Times. O jornal enfatiza que o caso brasileiro ilustra uma situação em que Musk encontrou um grande obstáculo na figura do juiz Moraes. The Washington Post, por sua vez, criticou Musk por arriscar um dos maiores mercados do X para apoiar Jair Bolsonaro e seus partidários que propagam mentiras sobre fraude eleitoral.

Musk não esconde sua predileção pela extrema-direita, apoiando figuras como Donald Trump nos EUA , Jair Bolsonaro no Brasil, além de Milei na Argentina. Mostrando que o bilionário está utilizando a rede social para projetar seu poder político e apoio á extrema-direita.

De acordo com o The Guardian do Reino Unido, a decisão foi considerada uma ação necessária para regular as ações de Musk, que foram descritas como fora de controle. Na França, Le Monde considerou a decisão severa, mas previsível, considerando a preparação e as investigações extensas de Moraes, que se concentraram na disseminação de informações falsas e na operação de milícias digitais no Brasil.

Robert Reich, colunista do jornal inglês The Guardian, fala o que é necessário para parar o apetite voraz do bilionário em utilizar o X como plataforma de apoio a extrema-direita e ideias fascistas:

“Musk está transformando sua enorme riqueza — ele é a pessoa mais rica do mundo — em uma fonte de poder político para apoiar Trump e outros autoritários mundo afora. Ele apoia o republicano no Twitter e criou um comitê pró-Trump: Musk acaba de contratar um marketeiro com experiência em mobilização para ajudar o empresário”, escreve Reich.

O colunista ainda lembra o estrago causado por Musk e sua plataforma nas eleições norte-americanas.

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De acordo com um novo relatório do Center for Countering Digital Hate, Musk postou 50 fakenews sobre a eleição americana de 2024 no Twitter. Elas tiveram um total de 1,2 bilhão de visualizações. Nenhuma delas teve a famosa Notas da Comunidade, para desmentir a fake news.

O colunista lembra ainda, como Musk utiliza sua plataforma para espalhar desinformação e pautas de extrema direita, lembrando um episódio recente na Inglaterra, Southport, onde houve ondas de ataques xenofóbicos com base em fake news.

 “No Reino Unido, bandidos de extrema direita queimaram, saquearam e aterrorizaram cidades enquanto Musk espalhou mentiras sobre a morte de três adolescentes. Ele não apenas permitiu que os instigadores deste ódio espalhassem essas mentiras, mas também os retuitou”, acrescenta Reich.

Na União Europeia, o X também corre risco de bloqueio.

Thierry Breton, o comissário do bloco da UE, começou uma investigação sobre a conformidade do X com a Lei de Serviços Digitais (DSA) do continente, após a acusação de que a plataforma espalha desinformação sem controle.

Breton diz que uma das coisas que podem resultar em multas e até mesmo banimento é a resposta recente do X aos tumultos no Reino Unido, que Musk alimentou e chamou de “guerra civil”. Isso mostra a tentativa de Musk de influenciar a política em vários cantos do mundo e a decisão de Moraes, pode ser o pontapé para outros países fazerem o mesmo.

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