Moro se esquiva de pedido para liberar arquivos salvos na nuvem do Telegram
De acordo com a política de privacidade do Telegram há possibilidade de restaurar o conteúdo presente na nuvem, mesmo que tenha sido apagado do aparelho
Durante audiência pública na manhã desta quarta-feira (19) na CCJ do Senado, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi questionado por diversos congressistas se não seria o caso de ele pedir para Deltan Dallagnol ou mesmo ao Telegram para que fossem liberadas as mensagens e, enfim, se tirasse a dúvida sobre a autenticidade do conteúdo. Em todas as ocasiões o ministro esquivou-se de responder e não tocou no assunto.
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Questionado se ele poderia solicitar ao Telegram as mensagem que ficam no servidor, ele negou que o conteúdo esteja guardado na “nuvem”.
Porém, a própria política de privacidade do Telegram diz o contrário: que há sim possibilidade de restaurar o conteúdo presente na nuvem, conforme registrado pelo jornalista Inacio Vieira em seu Twitter.
.@SF_Moro insiste na CCJ que mensagens deletadas no Telegram não ficam no servidor. A política de privacidade do aplicativo DIZ O CONTRÁRIO #VazaJato https://t.co/8ZnBIG3K5q pic.twitter.com/TQvuucB1pK
— Inacio Vieira (@InacioVieira) 19 de junho de 2019
O Telegram ganhou um recurso de “undo”, permitindo desfazer alguma coisa referente ao histórico de mensagens apagadas. Ou seja, é possível recuperar. O aplicativo fez uma mudança e, agora, quando você excluir um bate-papo ou limpar o histórico, receberá um pedido de confirmação e uma opção para restaurar tudo.
Moro, sempre que pode, repete que a divulgação das conversas pelo site The Intercept são repletas de sensacionalismo e sem a devida contextualização. Repete também, sempre, que não pode reconhecer a veracidade das mensagens que lhe são atribuídas.
Porém, na oportunidade que tem de tirar dúvidas sobre autenticidade do conteúdo, se nega a compartilhar o inteiro teor das mensagens.
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