em Política

Por que Lula precisa mobilizar o povo nas ruas para enfrentar o Congresso de direita

11/06/2023

O historiador e dirigente do PT, Valter Pomar, analisa que o presidente Lula (PT) precisa mobilizar o povo para as ruas para enfrentar as chantagens de Arthur Lira (PP-AL) e do centrão.

O historiador e dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), Valter Pomar, em programa da TV 247, avalia que o presidente Lula (PT), precisa mobilizar o povo nas ruas, para enfrentar a chantagem de um Congresso de direita, Arthur Lira e seu grupo.

Pomar destacou que Lira, mesmo quando ocupava a presidência da Câmara durante o governo de Jair Bolsonaro, já demonstrava habilidade em representar os interesses do centrão, buscando incessantemente que o governo se submetesse aos esquemas da maioria parlamentar. Operando no sistema conhecido como “toma lá dá cá”, Lira sempre buscou garantir apoio político em troca de favores e benefícios.

Com a eleição de Lula, Lira obteve mais apoio do que imaginava. Ele conseguiu o respaldo da bancada do PT para sua reeleição e, além disso, viu-se com a possibilidade de dar continuidade a práticas como o orçamento secreto, embora agora com uma nova roupagem e abordagem. Essa estratégia, segundo Pomar, visa instaurar no Brasil um sistema que não está previsto na Constituição, uma espécie de semi-presidencialismo ou semi-parlamentarismo. Trata-se de uma tática frequentemente adotada por políticos de direita quando um governo de esquerda assume o poder.

No entanto, Pomar ressaltou que o problema não se limita a Arthur Lira. O Congresso Nacional é majoritariamente composto por políticos de direita, alinhados com o neoliberalismo e empenhados em domar o governo de Lula. Nessa queda de braço entre os chamados poderes, prevalece a influência da política neoliberal e mesmo que Lira seja removido de seu cargo, outro político semelhante surgirá para substituí-lo.

A questão que se coloca, então, é como lidar com essa maioria de direita e, no futuro, como eleger uma maioria de esquerda. Para Pomar, é necessário convocar mobilizações nas ruas e promover ações governamentais mais assertivas, principalmente no campo da comunicação. Ele defende uma dupla estratégia para alterar a correlação de forças no país: a mudança na legislação político-eleitoral e a busca por condições favoráveis para elaborar uma nova Constituição, uma vez que a atual, de 1988, está completamente desfigurada.

Pomar reconhece que essa é uma situação de difícil solução, mas enfatiza a importância de disputar politicamente com diálogo junto à população. Ele argumenta que a disputa política atual está aquém do necessário e que é preciso buscar uma ampla articulação para promover as transformações desejadas. Assista:

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