04/06/2020

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marca julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão, na próxima terça-feira (09). São duas ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que podem cassar Bolsonaro e seu vice.




O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima terça-feira (09) o julgamento de ações que podem cassar a chapa Bolsonaro-Mourão, por diversas irregularidades na campanha eleitoral de 2018.

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A informação é do jornal O Globo, segundo as ações, hackers atacaram um grupo de Facebook com o objetivo de beneficiar a chapa. O julgamento das ações iniciou em novembro de 2019, no entanto foram arquivados pelo  Ministro Og Fernandes. Fachin pediu vistas dos processos para melhor examina-los.




O julgamento então é retomado, em um momento de profunda crise política, sanitária, econômica e social que vive o Brasil em meio a pandemia de coronavírus e do governo Bolsonaro.

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As ações foram apresentadas pelos então candidatos presidenciais, Marina Silva e Guilherme Boulos. Segundo as ações, o grupo virtual “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, com 2,7 milhões de participantes, foi alvo de ataques que alteraram o visual e conteúdo da página. Originalmente, o grupo criticava Bolsonaro. Depois da atuação dos hackers, o grupo passou a se chamar “Mulheres com Bolsonaro #17”, com a publicação de mensagens de apoio ao candidato.




Ainda de acordo com os processos, Bolsonaro teria postado em seu Twitter um ”agradecimento” ao grupo hackeado. Obrigado pela consideração, mulheres de todo o Brasil”, com foto da página do grupo modificada. Segundo os autores das ações, isso seria indício da provável participação de Bolsonaro no episódio ou, ao menos, de que ele sabia da alteração.

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Além desses processos, há mais seis processos, que podem cassar a chapa Bolsonaro-Mourão, quatro delas apuram irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral. Há processos que apuram também uso indevido de meios de comunicação.

No momento que a pandemia avança e mata mais de 30 mil pessoas no Brasil, que a economia brasileira já vinha dando sinais de derretimento antes mesmo da pandemia de coronavírus e no momento de intensa crise política e ruas em polvorosa se organizando contra Bolsonaro, a cassação da chapa pode ser um dado para as elites que se cansaram da instabilidade do regime que Bolsonaro propicia.

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