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VÍDEO: Mulher pede perdão por espalhar fake news de caixões com pedras

Uma mentira que tem sido espalhada por grupos radicais bolsonaristas, fez com que uma mulher gravasse um vídeo, dizendo que caixões estavam sendo enterrados sem corpos e apenas com pedras. Ela acusava autoridades de enterrar caixões com pedras para dizer que eram “caixões de coronavírus”.




A Polícia Civil de Minas Gerais identificou uma mulher que gravou um vídeo, afirmando que caixões estavam sendo enterrados com pedras e não com corpos em Belo Horizonte. A fake news foi se espalhando em grupos bolsonaristas e reproduzida em vários lugares.

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A mulher identificada como Valdete Pereira Zanco, foi até a Polícia Civil, com seu advogado e reconheceu ter errado e pediu “desculpas”.




“Ela havia visto no Facebook um fato ocorrido em Belo Horizonte no qual caixões com pedras e pedaços de madeira haviam sido desenterrados. Na data da gravação do vídeo, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade”, explicou o advogado de Valdete, em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira.

“Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao município de Belo Horizonte e seu ilustre prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu. Gostaria ainda de frisar que minha cliente já se apresentou na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jacutinga/MG na data de 04/05/2020, onde foi lavrada a ocorrência, deixando registrado o incidente, contribuindo com a Justiça e para que essa seja promovida”, disse o advogado.

O vídeo teve grande repercussão no Whatsapp e nas redes sociais de maneira geral. Algumas pessoas até usaram o vídeo para fomentar teorias conspiratórias, furar o isolamento social e minimizar o vírus. Dando o “argumento” fake que grupos bolsonaristas usam para a reabertura do comércio.



Grupos esses que fizeram carreata novamente recentemente na capital mineira e foram recebidas com ovos e baldes de água fria.

O delegado da Polícia Civil , Wagner Salles, cogitou pedir prisão preventiva da mulher. Ele lembrou que a mulher pode ser acusada de denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e contravenção penal por causar distúrbios sociais e pânico ” As penas para esses casos, somadas, podem chegar a nove anos de prisão, além de multa” disse o delegado.

“Queremos alertar que este tipo de conduta pode trazer consequências graves tanto na esfera criminal quanto na cível. É preciso ter muito cuidado ao produzir e propagar conteúdo. As atitudes na vida virtual têm consequências na vida real. Crimes como difamação, calúnia e injúria podem ser cometidos”, complementou o delegado, sobre a gravidade de fake news como essas.

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CONFIRA A ÍNTEGRA DA RETRATAÇÃO

“Venho à público esclarecer a respeito do vídeo gravado pela minha cliente Valdete Zanco e que repercute nas redes sociais. Ela havia visto na rede social denominada Facebook um fato ocorrido no Município de Belo Horizonte/MG, do qual caixões haviam sido desenterrados e localizado em seu interior, pedras e pedaços de madeira. Na data da gravação, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade.

Quero deixar claro que o vídeo foi postado unicamente em um grupo de WhatsApp de família, tanto que início o vídeo chama a atenção de um certo Hernandes, sendo este irmão da minha cliente. Com o vazamento do vídeo do grupo de família, ele chegou a ser compartilhado em um canal de Youtube, colaborando assim pela propagação. Desconhecemos a forma como o vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação.

Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao Município de Belo Horizonte e seu Ilustre Prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu . Gostaria ainda de frisar que minha cliente já se apresentou na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jacutinga/MG na data de 04/05/2020, onde fora lavrada a ocorrência, e deixado registrado o incidente, contribuindo com a justiça e para que essa seja promovida.




Me coloco à disposição, Dr. Alexsander Ribeio – OAB/SP 343.210.”

Veja o vídeo de retratação:


 

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