Dodge afronta a ONU e pede que PT devolva fundo partidário
Raquel Dodge prepara ação para obrigar o PT a devolver dinheiro do fundo partidário usado na propaganda de rádio e TV enquanto o partido não definir um substituto para a candidatura de Lula, que teve o registro indeferido pelo TSE.
A nota é da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
“A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, vai voltar a pressionar o PT na Justiça Eleitoral”, diz a coluna.
A sigla repassou R$ 20 milhões do fundo eleitoral à chapa presidencial – e desembolsou R$14,4 milhões para programas de rádio e TV.
Segundo a coluna, a A nova cartada da procuradora-geral tende a ampliar a tensão que está entranhada na cúpula petista.
A sigla está dividida sobre a estratégia de bancar o nome de Lula e brigar na Justiça até o limite, arriscando as chances de Fernando Haddad (PT), hoje vice do ex-presidente, deslanchar nas pesquisas.
Dodge deve mesmo pressionar o PT, como vem fazendo desde que assumiu. Mas é errado dizer que existe divisão da cúpula petista.
O PT já decidiu que banca a candidatura de Lula até o limite o direito. O partido ainda está no prazo para substituir Lula por Haddad, se for o caso.
É por iniciativas como esta da Procuradora que o Congresso Nacional precisa discutir, urgentemente, uma legislação que contenha o ímpeto de procuradores.
Eles agem, dentro e fora do direito, sem que corram nenhum risco de serem obrigados a reparar eventuais danos causados.
O MP é acusador, mas acusador imparcial.
Ele defende a sociedade, não pode produzir vítimas.
A bússola é a Constituição e tem que se abster de paixões eleitorais.